quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Liberação de contêiner após chegada em Santos (SP) demora 21 dias, segundo Maersk

De acordo com estudo da empresa de transporte marítimo, no porto de Roterdã (Holanda), o mesmo procedimento leva cerca de dois dias
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Segundo um levantamento elaborado pela operadora de transporte marítimo Maersk sobre os gargalos logísticos, um contêiner abastecido com commodities ou produtos finais demora cerca de 21 dias para ser liberado, após chegar ao porto de Santos (SP). No porto de Roterdã (Holanda), o mesmo procedimento demora, em média, dois dias.
Além disso, há o problema que envolve o tempo de espera dos navios para atracação em Santos. No ano passado, a fila durava 16 horas, quase três vezes o tempo que se gastava em 2003 (seis horas), enquanto o total de estadia das embarcações no porto passou de 26 para 35 horas no mesmo período.
Para a Maersk, a burocracia e o acesso precário ao porto são os maiores entraves. A unidade portuária de Santos apresenta produtividade quase 40% inferior à observada no porto chinês de Qingdao, embora tenha conseguido aumentar sua eficiência no ano passado, ante o 2011, registrando na média 64 movimentos de atracação por hora (bmph), acima do 39 registrados um ano antes.
O levantamento também aponta que o custo rodoviário para Santos fica entre 25% e 40% acima do que o custo para outros grandes portos e aponta que o problema poderia ser resolvido com soluções intermodais, que chegam a ser 20% mais econômicas.
Segundo diretor comercial da Maersk Line, Mario Veraldo, é mais barato enviar um contêiner do Brasil para a China do que transportar carga em um caminhão de Campinas a Santos. “A infraestrutura de mar está acontecendo. Mas todo o fluxo logístico precisa andar”, ressalta, se referindo aos novos terminais da BTP e da Embraport.
Dados da pesquisa mostraram também que embora o tráfego de contêineres nos portos brasileiros tenha crescido, o índice de qualidade da infraestrutura portuária do País se manteve no mesmo patamar.
Entre 2007 e 2011, o movimento de contêineres cresceu cerca de 20%, conforme apontou o Anuário de Conteinerização Internacional de 2012. No mesmo período, o indicador de qualidade dos portos brasileiros, elaborado pelo Banco Mundial, passou de 2,6 para 2,7, em uma escala que varia de um a sete.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo

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