domingo, 30 de dezembro de 2012

Meu nome é TRABALHO. Sobrenome: COM PAIXÃO


No texto anterior “Meu nome é TRABALHO. Sobrenome: MAIS TRABALHO”, tive a oportunidade de mostrar os malefícios de se trabalhar demais sem ter um propósito maior.
Intencionalmente não agreguei àquele texto dois testes para que você se autoavalie com respeito a ser um workaholic.
O primeiro deles foi publicado na Revista Você S.A. (fevereiro/2012) e consta de dez perguntas abaixo listadas:
1 – Frequentemente acredita que suas tarefas são urgentes?
(  )  Sim           (  )  Não
2 – Sente-se ansioso (a) com elas?
(  )  Sim           (  )  Não
3 – Tem receio de parecer pouco eficiente perante o chefe?
(  )  Sim           (  )  Não
4 – Tem receio de adiar tarefas?
(  )  Sim           (  )  Não
5 – Não se desliga do trabalho nem nos fins de semana?
(  )  Sim           (  )  Não
6 – Desmarca muitos compromissos pessoais por causa do trabalho?
(  )  Sim           (  )  Não
7 – Nas horas de folga, tem vontade de saber o que estaria acontecendo no escritório?
(  )  Sim           (  )  Não
8 – Sente-se incomodado (a) quando não entrega a tarefa no prazo?
(  )  Sim            (  )  Não
9 – Tem insônia regularmente porque fica pensando sempre no trabalho?
(  )  Sim           (  )  Não
10 – Acredita que o trabalho é sua principal fonte de realização?
(  )  Sim          (  )  Não
Avaliação – Se você respondeu SIM a mais de sete perguntas, é hora de repensar sua relação com o trabalho. Ser responsável com a carreira, encará-la com seriedade é benéfico. Mas, por mais importante que seja, o trabalho não deve ser sua única fonte de realização.
Um segundo teste, publicado no caderno Negócios e Carreiras, do Jornal Folha de São Paulo (7 de outubro/2012), foi formulado por Stale Pallesen, professor de psicologia da Universidade de Bergen (Noruega). Este teste consta das seguintes sete perguntas:
1 – Você pensa em como conseguir mais tempo para trabalhar?
(  )  Sim           (  )  Não
2 – Você passa muito mais tempo trabalhando do que havia planejado?
(  )  Sim           (  )  Não
3 – Você trabalha para reduzir sentimentos de culpa, desamparo ou depressão?
(  )  Sim           (  )  Não
4 – Você já ignorou pessoas que disseram que era preciso reduzir a carga de trabalho?
(  )  Sim           (  )  Não
5 – Você fica estressado ou inibido se é proibido de trabalhar?
(  )  Sim           (  )  Não
6 – Você deixa de praticar hobbies, atividades de lazer e exercícios por causa do trabalho?
(  )  Sim           (  )  Não
7 – Você trabalha a ponto de prejudicar sua saúde?
(  )  Sim           (  )  Não
Avaliação – Se você respondeu SIM a pelo menos quatro dessas perguntas, isso pode sugerir algum grau de vício em trabalho.
Agora que você já se autoavaliou, sugiro-lhe dois caminhos: se você se considera um (a) workaholic, pare a leitura, faça uma reflexão e mude este seu estilo de trabalhar.
Mas, se você não se julga um viciado em trabalho e se identifica com o título deste texto e trabalha muito, trabalha duro, mas com paixão, provavelmente você é um (a)worklover.
Este termo foi criado pelo psicólogo Wanderley Codo e significa que a pessoa “é extremamente apaixonada pelo que faz”.
Diferentemente do workaholic, a pessoa tem a percepção e a consciência que, se precisar trabalhar demais, isto não é um vício, mas uma necessidade de momento, como fechar um relatório de vendas, finalizar um balanço, planejar as ações para o início do ano, etc.
Um worklover também está sujeito a desenvolver alterações na sua saúde, mas com uma diferença: ele(a) pondera e decide se vai “cair de cabeça” ou não na realização de um trabalho que lhe exigirá um ritmo intenso.
Já que a pessoa decidiu e irá passar várias horas no local de trabalho, que ela faça desta atividade uma fonte de prazer. Aliás, Alberto Ogata, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida, afirma: “quem se sente bem na esfera profissional, tem duas vezes mais chance de estar bem nas outras dimensões da sua vida”.
Ser um worklover é…
… ser uma pessoa que ama seu trabalho e sente um prazer enorme em desenvolvê-lo, porque acredita que tem sempre algo a acrescentar ou transformar para melhor;
… sempre estar satisfeito (a) e saber como lidar com as adversidades decorrentes de seu trabalho, não medindo esforços para resolvê-las;
… trabalhar muitas horas por dia e saber que seu prazer e sua felicidade são tão grandes que a passagem do tempo não é percebida durante sua realização;
… saber, quando sobrecarregado (a), priorizar as tarefas mais urgentes e importantes;
… quando necessário, pedir ajuda em busca de outras soluções para seguir adiante;
… saber relacionar-se muito bem com seus pares, seus amigos, dentro mou fora do ambiente de trabalho;
… não ficar pensando e nem dar muita importância ao trabalho quando não está trabalhando;
… saber buscar o equilíbrio entre seu trabalho e suas atividades pessoais, sempre tendo tempo disponível para seu lazer, seus compromissos sociais, sua família e seus amigos;
… ser um Ser muito saudável, física e psicologicamente, quando comparado a um (a)workaholic, porque sabe valorizar sua qualidade de vida.
Para Bernt Entschev, o worklover “ama seu trabalho, sim, mas ama, acima de tudo, a si próprio”.
Para o (a) worklover, o trabalho tem significado para si e para a empresa e não é visto apenas como a fonte monetária para o pagamento de suas contas. Ao finalizá-lo, a pessoa se da conta da paixão que teve em realizá-lo e como ficou feliz, independentemente do número de horas gastos na sua execução.
Paixão e vocação 
Já abordei, em alguns textos, o que é dom, talento e vocação, aquilo que está diretamente relacionado à nossa atividade laboral, sejamos um profissional autônomo, colaborador em uma empresa, profissional liberal ou funcionário público.
Não serei repetitivo. Entretanto quero apenas lembrar que, destes três, a vocação é a mais instigante.
Vocação significa chamamento, predestinação, tendência, pendor ou predisposição.
É aquela voz interior, que vem da alma e que faz com que sintamos prazer em realizar determinada tarefa e, enquanto a fazemos, ela se torna fácil, por mais árdua que seja.
O binômio profissão (ou ocupação) – vocação constituem uma relação indivisível para aqueles profissionais que se destacam em suas áreas de atividades, seja um atleta, um artista, um executivo, um camelô ou um peão de obra.
Quem segue sua vocação está sempre feliz com o que faz, pois encontrou significado em seu trabalho.
Quem segue sua vocação não trabalha, se diverte, pois encontrou a razão, ou razões, para tal.
Quem segue sua vocação tem sempre um brilho no olhar enquanto trabalha, desde seu início até sua conclusão.
Quem segue sua vocação nunca está cansado; está sempre disposta física e mentalmente.
Quem segue sua vocação está sempre automotivado e tem energia para superar os obstáculos inerentes de sua atividade e vencer os desafios mais difíceis.
Quem segue sua vocação, descobre sua missão de vida na esfera do trabalho e os porquês de estar fazendo aquilo que escolhei fazer e que lhe proporciona prazer e felicidade.
Quem segue sua vocação é, sem dúvida, um worklover, alguém apaixonado pelo que faz.
“Se o trabalho não tiver significado para a pessoa que o desenvolve, certamente ela nunca se sentirá realizada como profissional”, afirma Wanderley Codo.
Paixão e engajamento 
Cyro Martins ensina que “comprometer-se é apenas fazer o seu trabalho. Engajar-se vai muito além; trata-se de realizar algo com paixão”.
Quanto mais apaixonado a pessoa for pelo seu trabalho, mais ela irá trabalhar de forma engajada. Assim como reza o ditado hindu que diz: “põe todo o teu corpo e toda tua alma naquilo que estás fazendo agora”.
Este estado de engajamento total, foco e concentração totais no momento da realização do trabalho faz com que a pessoa atinja um estado de interiorização tal que se assemelha a um nirvana ou um samadhi.
Neste estado a pessoa não se distrai com o que ocorre à sua volta tal seu grau de absorção naquilo que está fazendo. Isto se traduz em ter a consciência e o controle da sua atenção.
Desta forma, o trabalho, a tarefa, além de ser feita de forma apaixonada, é realizada sem pressões intensas e flua de forma espontânea e sem interrupções, como atender telefonemas, checar e-mails e outras coisas que podem tirar o foco, a atenção e a concentração.
De forma resumida, esta é a teoria do FLOW (fluir) que foi desenvolvida pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihaly, o qual afirma que pessoas que trabalham quando alcançam este estado (experiência), tornam seu trabalho muito mais produtivo e significante.
Paixão e obra 
Para Patricia Próspero, o trabalho se relaciona diretamente com os três planos da pessoa: físico, mental e espiritual.
“O primeiro é a questão de agirmos visando atender aos nossos anseios perante a sociedade: é por meio do dinheiro conquistado a partir do trabalho que materializamos nossos sonhos, adquirindo bens, pagando contas, carro, viagens.
Já o plano mental foca o aprendizado contínuo, ou seja, você é exposto a novos desafios que o estimulam a se aprimorar na função que você exerce em uma empresa.
O espiritual, por sua vez, é a grande realização pessoal. É o principal fator dos pilares que sustentam os motivos pelos quais trabalhamos”.
José Carlos T. Moreira afirma que o engajamento, o comprometimento, “é o que nutre o forte vínculo afetivo entre a pessoa e seu trabalho; é o que mexe com a alma, pois o corpo apenas se envolve, mas a alma, ela sim, se engaja”.
Finalizo este artigo com um texto budista extraído da reportagem “O sentido do trabalho” (Revista Melhor/2011):
“O Mestre, na arte da Vida, faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu lazer, entre sua educação e sua recreação, entre seu amor e sua religião. Ele dificilmente sabe distinguir um corpo do outro. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber se está trabalhando ou se divertindo. Ele acha que está sempre fazendo as duas coisas simultaneamente”.
Por isso concordo com Cortella, quando substitui a ideia de trabalho (tripalium) pela ideia de obra (poiesis), isto é “eu me vejo naquilo que realizo”.
E, quanto mais eu me vir naquilo que realizo, certamente mais apaixonado serei por aquilo que faço.

Uma palavra convence... Um exemplo arrasta multidões!


Faça mais daquilo para o qual você foi contratado”. Gilclér Regina
Quando escrevi o livro “No Topo do Mundo – Motivados para Vencer” e fiz essa frase “uma palavra convence, mas um exemplo arrasta multidões” foi observando muitas coisas que acontecem no dia-a-dia do mercado.
Vejo palestrantes que chegam bem humorados na hora da palestra e cumprimentam todo mundo, mas na hora de ir embora, se as pessoas pedem uma foto, um autógrafo ou um abraço, parece que se negam ou fazem de má vontade.
Um deles falava que as pessoas não podiam desistir nunca de seus sonhos e naquele instante “ralhou” com o fotógrafo que tirava fotos. Este respondeu que aquele era o seu sonho, tirar fotografias e saiu do ambiente… O público aplaudiu e muitos saíram em represália.
Vejo pessoas que nunca falam “eu te amo”, mas dizem sempre “eu também”. Não percebem que o outro também precisa de sua iniciativa. Amor louco dura pouco, amor verdadeiro dura para sempre.
O que cria fidelidade na cabeça dos clientes é o exemplo. Não adianta prometer se na prática não se faz. De que vale investir no horário nobre da TV prometendo o melhor atendimento se na realidade oferece um atendimento medíocre, sem nenhum treinamento?
De que vale oferecer a melhor qualidade do seu serviço e na prática oferecer um serviço que deixa a desejar? Mas ainda existem outros que fecham um contrato e depois do serviço bem feito procuram buscar subterfúgios para não honrar os seus compromissos. Isso não é ético!
Conheço pintor de paredes que tem remuneração de profissional qualificado, quem sabe um bom médico ou um bom advogado. Sabe por quê? Porque criou valor agregado ao seu serviço. Aprendeu a regra nº 1 do sucesso, ou seja: “Faça mais daquilo para ao qual você foi contratado”.
Tem muita gente que se coloca como cristão, vai à TV, faz programa falando do bem, fala de motivação, de liderança, fala de Cristo e depois por trás, no dia-a-dia amaldiçoa seus concorrentes, acusa injustamente, faz conluio para atrapalhar o adversário, joga sujo.
Estou escrevendo um novo livro sobre os Dez Mandamentos e a sua influência no Mundo Empresarial, como base, uma pesquisa com 450 executivos que fariam de tudo para destruir os seus concorrentes, isto é, matar. Não há mais ética, existe muito falso moralismo. Falam do bem, mas não praticam o bem.
Como você pode abençoar o seu filho se você odeia o seu próximo? Existem pessoas que não sabem e não perguntam, outras sabem e não ensinam e as piores são as que ensinam e não fazem. Penso que ninguém pode ensinar aquilo que não faz. Uma palavra convence, um exemplo arrasta multidões.
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
Fonte: http://ogerente.com.br/rede/carreira/qualidade-clientes-fidelidade?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=096b388f60-Rede_O_Gerente_07_12_2012&utm_medium=email

sábado, 29 de dezembro de 2012

Objetivos + inatividade: um caminho certo às decepções


Os objetivos são fundamentais na vida do ser humano. Precisamos deles para acordar com entusiasmo, com vontade de ir para o trabalho, de criar e manter um relacionamento afetivo apetitoso, enfim, para sermos bem-sucedidos precisamos de metas e objetivos.
O problema é que ter objetivos, mas, não ter ações é um dos caminhos mais rápidos para nos frustrarmos. Muitas pessoas, inclusive, entram em processos até de depressão porque traçaram grandes metas, grandes objetivos, mas, com o passar dos anos viram que eles não se concretizaram, e o que era sonho virou pesadelo, sem se darem conta de que objetivos não combinam com inatividade.
E porque isso acontece? Por que objetivos, para serem atingidos, devem ser associados a atitudes, ações, mudanças, paciência e persistência.
Se você cria um objetivo, por exemplo, de se tornar gerente da empresa na qual trabalha, não adianta apenas esperar o tempo passar para receber o cargo. Graças a Deus já passou a época em que pessoas com 5, 10 anos de casa eram promovidas a gerentes, mesmo não tendo qualquer qualificação.
Frequentemente vejo pessoas com metas para emagrecer. Criar a meta é fácil, só basta ter imaginação e um pouco de coragem. O problema é que serão necessárias várias ações para que o antigo vestido sirva novamente, para que a calça jeans desbotada não fique apertada na cintura. E olha que emagrecer, fora quem tem alguma patologia mais séria, é simples: basta você virar a cabeça para o lado direito e para o esquerdo toda vez que vir comida gordurosa!
Sou a favor de que todos nós temos que criar objetivos, estabelecermos metas. Só assim somos capazes de encontrar a motivação para cumprirmos com nossos propósitos de vida. Mas, preciso confessar que se for para traçar uma meta para sua vida, e não mover o traseiro do sofá é melhor não ter metas, afinal, querer nunca foi poder!
Veja: quem não têm objetivos, pelo menos, está ciente de que a única maneira de se dar bem na vida é através da sorte, e, como só conta com a sorte, no mínimo vai lá e joga na loteria. Já, quem têm, mas não se mexe, é como quem quer ganhar na loteria mas nem joga!
Por esse ponto de vista, concluímos que a inatividade é que traz a decepção, a frustração, o fracasso. Criar objetivos, em si, não causa mal algum.
Tudo que a gente faz na vida com objetivo sai melhor. É só lembrar-se do tempo em que namorávamos. O banho de quem tem um encontro é diferente. O jeito de passar perfume é outro, a roupa que vamos vestir é mais bem pensada. Infelizmente, depois que se casam, alguns maridos só andam com camiseta de campanha política, e a mulher de lingerie cor bege…
Portanto, continue criando metas, desejando ter e ser mais. Todavia, não permita ficar inerte, como o sapo que fica cozinhando sem perceber que está morrendo, pois, quando se deseja crescer na vida, na carreira, é preciso estar ciente de que teremos bastante trabalho.
Grande abraço, fique com Deus, sucesso e felicidades sempre!
Fonte: http://ogerente.com.br/rede/carreira/objetivos-inatividade-decepcoes?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=54cad242d2-Rede_O_Gerente_04_12_2012&utm_medium=email

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

MA – ME – MI – MO – MU – Parte 2



Uma jornada de transformação
Veja a primeira parte neste link
4 – MO – de movimento
Depois que você saiu do MArasmo, tornou-se um MEtanóico e descobriu sua MIssão de vida, é hora de se colocar em MOvimento.
A palavra movimento pode significar a variação de posição de um objeto de um lugar para outro, como ensina a Física. Mas existem outras interpretações.
Eu, particularmente, sou partidário do mobilismo de Heráclito de Éfeso, que afirmava: tudo flui. Tudo está em movimento. E ele exemplifica: o homem não se banha duas vezes no mesmo rio. Porque na segunda vez, o homem já não será o mesmo e a água, idem.
Mas para que algo se movimente, é necessário energia, visto que o conceito de energia está relacionado com a capacidade de transformar algo ou de colocar alguma coisa em movimento.
Exemplo clássico: a água faz girar as turbinas transformando energia mecânica em energia elétrica. A Física é rica em exemplos.
Mas aqui eu me refiro a outro tipo de movimento. É fazer com que a mente produza “movimentos” que o levem à ação, a agir de modo diferente. E a “energia”, neste caso é manifestada pela sua automotivação, pelo tesão em realizar algo, pelo entusiasmo, pelo seu engajamento, pelo seu dinamismo.
Movimento usa energia e produz ação.
Entretanto, antes da “materialização” da ação, existe um processo onde seu livre arbítrio o fará a ter uma escolha após a análise de várias alternativas. Escolhida a alternativa, estuda-se o momento que a ação será iniciada, o qual pode ser hoje, amanhã, semana que vem, etc.
Talvez o mais importante esteja no passo seguinte, traduzido pela intensidade que a ação será realizada. Esta intensidade de desempenho é que está diretamente relacionada à quantidade de energia dispendida (automotivação, tesão, entusiasmo, engajamento, etc.).
E será esta energia dispendida que fará você alcançar seus objetivos ou desistir do mesmo.
Onde não existe ação, não existe movimento e nem energia. E onde não existe nada disso, não existe Vida; existe apenas o existir, o marasmo.
O existir, o marasmo, nos faz ter sempre os mesmos resultados. O viver nos obriga a ter um aprendizado contínuo. Quem vive é aquele que consegue sempre melhores resultados, pois tem consciência que é um Ser em constante evolução e que não “nasceu pronto”.
A situação abaixo reflete bem a diferença entre quem apenas existe e quem vive de forma plena.
José, um ótimo funcionário há mais de 20 anos na empresa, vai até o presidente, o dono, para fazer uma reclamação:
- Doutor, já completei 20 anos de trabalho nesta empresa, sou um colaborador exemplar, dedicado, mas não me sinto muito reconhecido. Veja. O João é funcionário há apenas 4 anos e já tem uma remuneração maior que a minha.
Após escutar sua queixa, o presidente disse:
- José, antes de falarmos sobre isso, preciso de sua ajuda para resolver uma pequena questão. Nossa nutricionista sugeriu, como sobremesa do almoço, que se servissem frutas. Gostaria que você fosse até a quitanda, ali no meio do quarteirão, e veja se eles tem maçãs.
José foi e, após uns 20 minutos, disse:
- Sim, eles tem maçãs.
- E qual é o preço?
- Eu não perguntei.
- Eles tem maçãs em quantidade suficiente para a sobremesa de todos os funcionários?
- Eu também não perguntei.
- Você chegou a ver se existia alguma outra fruta que pudesse ser servida em vez da maçã?
- Também não vi.
- O.K., José. Sente aqui e espere.
O presidente pegou o interfone e pediu para chamar o João. Quando ele entrou na sala, pediu a mesma coisa que havia pedido ao José.
Em menos de dez minutos, João estava de volta.
- Eles tem, sim, maçãs para nos atender. E tem, como alternativas, banana, mamão, laranja e mexerica. A maçã custa R$ 0,30 a unidade; a banana custa R$ 4,40 a dúzia; a laranja custa R$ 3,80 a dúzia e a mexerica, R$ 4,80 a dúzia. Quando eu falei que seria uma compra grande para atender à empresa, o quitandeiro ofereceu um desconto de 20% com pagamento para 15 dias. Tomei a iniciativa de deixar um pedido reservado e que confirmaria após sua aprovação ou não.
- Obrigado, João. Pode voltar às suas tarefas.
Virou-se para o José, que continuava sentado e perguntou:
- José, sobre o que mesmo estávamos conversando?
- Nada, não. E saiu da sala.
Movimento, energia a ação mostram que quem quer evolui, amadurece e se torna melhor com o passar do tempo. São estas pessoas que tem consciência plena do último estágio desta jornada de transformação.
5 – MU – de mutabilidade
Mutabilidade é definida como a qualidade do que está sujeito a mudar.
Arthur Schopenhauer nos ensina que:
Deveríamos ter sempre diante de nossos olhos o efeito do tempo e a mutabilidade das coisas. Por conseguinte, em tudo o que acontece no momento presente, imaginar de imediato o contrário, como evocar a infelicidade na felicidade, a inimizade na amizade, o clima ruim no bom, o ódio no amor, a traição e o arrependimento na confiança e na fraqueza, e vice-versa.
Isto seria uma fonte inesgotável de verdadeira prudência para o mundo, na medida em que permaneceríamos sempre precavidos e não seríamos enganados tão facilmente. Na maioria das vezes, teríamos apenas antecipado a ação do tempo.
Talvez, para nenhum tipo do conhecimento, a experiência seja tão imprescindível quanto na avaliação justa da inconstância e mudança das coisas.
……………
Prudente é quem não é enganado pela estabilidade aparente das coisas e ainda antevê a direção que a mudança tomará.
A verdade é que, além do “tudo flui” de Heráclito, tudo é mutável, incluindo coisas e pessoas. A única coisa imutável é a mudança.
E se tudo está sujeito a elas, isto significa que nada é estático. E se não é estático, está em movimento. E onde existe movimento, existe energia e ação. E onde existe tudo isso, existe Vida.
Talvez esta seja a razão de sermos seres mutantes. Mudamos à medida que vivemos, assim como as coisas, o  mundo, o Universo.
Quantas pessoas você conhece e que também mudaram? Por exemplo: algumas venceram a timidez, outras deixaram de ser mal-humoradas, outras tantas venceram a depressão e outras mais se livraram de algum trauma da infância.
Ter a consciência que somos seres mutáveis já é meio caminho andado para nos tornarmos melhores.
Certamente, caro leitor ou leitora, você já escutou falar de pessoas que fazem a diferença. Estas pessoas representam a mutabilidade e procuram sempre melhoramentos pessoais e profissionais.
Para elas as palavras re-ciclar (iniciar um novo ciclo) e re-novar (iniciar algo novo) são constantes em suas vidas, tal o nível de consciência de sua mutabilidade.
E quem são estas pessoas, conscientemente mutáveis, que se destacam e que fazem a diferença? Somos eu, você ou qualquer pessoa que desenvolve algumas características, tais como:
  • tem a consciência de que o tempo não para. Para fazer a diferença, a pessoa tem que agir agora. Não adianta reclamar por não ter feito algo antes ou procrastinar e deixar para o futuro aquilo que poderia ter sido feito hoje;
  • quem fica parado é poste. Se não houver ação de sua parte, você permanecerá no mesmo lugar. Portanto, aja, evolua, aprimore suas atividades e aumente seu autoconhecimento;
  • uma transformação só depende de você. O ambiente onde você está inserido (pessoas, acontecimentos, situações) lhe fornece os subsídios para que você se transforme e se torne mais capaz. Mas se não houver mudanças, você continuará vendo o NOVO com os mesmos olhos velhos. E você só continuará vendo o VELHO;
  • uma transformação faz você trocar sua “zona de conforto” por uma “zona de desconforto”. Assim você não terá motivos para viver acomodado e se achando o “dono da verdade” ou o “rei da cocada preta”. E não esqueça: se o seu objetivo foi alcançado, procure outro e não fique vivendo em função deste sucesso. Amanhã, produtos, serviços, processos e, acima de tudo, Seres Humanos, estarão melhores e o seu sucesso…; bem, só você vai continuar se lembrando dele, ninguém mais. Ficar na “zona de conforto” evita que você assuma novos desafios e embota o seu crescimento pessoal e profissional. E nunca esqueça que viver é um eterno aprender.
Pessoas que fazem a diferença são aquelas que nunca desistem. Podem perder uma batalha, mas não perdem a guerra. Tem a capacidade de transformar sua forma de pensar e agir quando a ocasião assim lhe exigir. E seguem seu caminho, sempre aprendendo e se aperfeiçoando continuamente.
Com relação ao trabalho, tais pessoas o veem como tendo um significado maior, gerando mais motivação, prazer, prosperidade e reconhecimento. Isto torna mais forte sua auto-estima, reduz o estresse negativo e aumenta o positivo, facilita o trabalho em equipe e aumenta sua criatividade, seu poder inovador e seu bom humor.
Mas o que não deve ser esquecido, e tais pessoas sabem muito bem disso, é que tudo o que funciona hoje, tornar-se-á obsoleto amanhã, e de forma extremamente rápida. Por isso a pessoa que faz a diferença nunca se aquieta e está em constante transformação, procurando acompanhar o mesmo ritmo que o mundo globalizado lhe impõe.
São de Peter Drucker as seguintes palavras: “parece haver pouca correlação entre a eficiência de um homem e sua inteligência, sua imaginação ou seu conhecimento. Inteligência, imaginação e conhecimento são recursos essenciais, mas só a eficiência os converte em resultados. Sozinhos, estes recursos apenas estabelecem limites”.
Tais pessoas são aquelas que tem competência para desenvolver suas próprias competências.
Use a sugestão do MA – ME – MI – MO – MU como uma jornada de transformação diária.
Você pode escolher ficar onde está ou escolher mudar para melhor. Como afirmava Gandhi: “seja você a mudança que deseja ver no mundo”.
Fava Consulting – Para viver com muito mais Qualidade

Fonte: http://favaconsulting.com.br/autoconhecimento-movimento-vida/?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=49397b02aa-Fava_Consulting_06_12_2012_Grupo_OG&utm_medium=email

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

MA – ME – MI – MO – MU – Parte 1



Uma jornada de transformação

Inicio este texto fazendo a você a seguinte pergunte:
- Você se lembra da Pangea?
Pangea era o nome do continente único que existia na era mesozóica. Sim, a porção sólida do planeta Terra era apenas uma “ilha” dentro de um único oceano chamado Pantalassa.
E por que toco neste assunto?
Por uma razão muito simples. Analise comigo o que, em poucas palavras, está acontecendo no mundo atual:
- a globalização uniu os mercados; deixaram de existir mercados locais ou nacionais para existir apenas um único e grande local onde as transações são feitas Teoricamente, este fato eliminou a noção de espaço:
- a tecnologia mantem o mundo conectado todas as horas do dia. A “democratização” da informação e das redes sociais tem facilitado a comunicação entre as pessoas a qualquer hora. Fala-se com o outro lado do mundo aqui e agora, mesmo sabendo que lá o tempo está de 12 a 13 horas à frente em relação ao nosso. Teoricamente, este fato eliminou a noção de tempo.
Talvez agora pode-se entender porque a globalização e a tecnologia transformaram o planeta em uma nova Pangea. Atualmente a divisão geográfica em continentes e os fusos horários entre eles não existem mais, exceto nos livros de Geografia.
Nossa época passou a ser a do aqui e agora.
E como é o “mundo” do aqui e agora onde você vive? Ele é um “mundo” com algumas características:
  • extremamente competitivo, onde a concorrência aumenta de forma exponencial e acirrada;
  • um “mundo” de equiparação produtiva, onde produtos se assemelham entre si, não importando onde sejam fabricados;
  • riqueza já não significa dinheiro; o capital financeiro foi substituído pelo capital humano. Pessoas é que geram e gerenciam o dinheiro. Mais de dois terços do valor de um produto ou serviço tem como fonte o conhecimento;
  • maior autonomia e liberdade de ação, isto é, as pessoas são mais informadas, conscientes e sabem avaliar alternativas. Por isso estão se tornando mais autônomas, empreendedoras dos próprios negócios e ainda escolhem a empresa onde irão trabalhar;
  • diversidade do público consumidor e segmentação de mercado em nichos específicos para atender pessoas da terceira idade, homossexuais, etc.
E tudo isso ocorrendo com uma velocidade incrível e onde o ambiente corporativo sofre uma contínua mutação, vive agitado e cheio de altos e baixos; um verdadeiro turbilhão.
Não é à toa que Cesar Souza, ao definir a Neo Empresa, a empresa deste mundo contemporâneo, a define como um trem bala trafegando em uma sinuosa montanha-russa.
Neste breve cenário do mundo atual, fica a pergunta:
- E eu? Como estou neste trem bala trafegando nesta montanha russa?
Se você, caro leitor ou leitora, ainda não tomou uma “chacoalhada” deste mundo, onde o real, muitas vezes, se funde ao virtual, sugiro que dê uma parada e olhe para si mesmo.
Você está mudando na mesma velocidade das mudanças do mundo? Ou continua se achando o mesmo de, apenas, 30 dias atrás?
Para aqueles mais lerdos (e a velocidade da mudança é algo individual além de ser também uma escolha pessoal) ou aqueles que continuam na mesma, sofrendo da “síndrome de Gabriela”, deixo a sugestão, que dá título a este texto, para que pensem e reflitam sobre si mesmos dentro desta “pangea” onde estamos inseridos.
1 – MA – de marasmo
Marasmo significa estagnação, inércia, paralização, indiferença, apatia, inatividade, falta de ação, falta de energia, torpor tédio, falta de estímulo, falta de ânimo, falta de vontade.
É assim que você se sente neste mundo volátil, incerto e sofrendo constantemente grandes e pequenas mudanças?
Veja a figura abaixo e imagine-se como o remador, remando em águas calmas e realizando os mesmos movimentos.
Mesmo em movimento, isto é marasmo. Não existem fatores que vão mudar estestatus quo.
E você segue, por quilômetros seguidos, dias seguidos, anos seguidos, fazendo a mesma coisa, sem perceber que todo o seu entorno está mudando. Mas você vai em frente porque quer chegar ao seu destino e, quando chega, ele já não está mais lá; ele mudou de lugar porque o mundo mudou.
Infelizmente existem pessoas, corporações, entidades, que não mudam, ou por terem medo, ou por interesse próprio, não se dando conta que se não estiverem preparadas para viver o aqui e agora, não sobreviverão.
Acabou a monotonia dos negócios do século passado onde empresas duravam décadas e os profissionais tinham uma carreira previsível.
Hoje tudo é dinâmico e veloz. Veja se a figura abaixo não lhe traduz de forma mais realista o momento de hoje.
Deixamos de remar em águas planas e calmas para remar em águas turbulentas e em locais cheios de obstáculos.
Agora eu lhe pergunto:
- Você já trocou de barco e de local para remar?
2 – ME – de metanóia
Se você ainda não trocou nem de barco e nem de local para remar, a metanóia pode ser o caminho.
Esta palavra tem origem grega e significa mudar o próprio pensamento, mudar de ideia (meta – além, depois e nóia – mente).
Em um sentido amplo, metanóia significa:
  • ter uma mente aberta ao novo e onde tem-se a certeza de que tudo pode ser transformado em algo melhor, seja o foco pessoal, empresarial, comunitário, social, etc.
  • ir além da aparência para viver em constante transformação interna (pensamentos, crenças, valores, etc.), tornando-se cada vez melhor á medida que aumenta seu autoconhecimento.
  • rupturas para a adoção de novos comportamentos.
  • aprendizado contínuo e, através dele, práticas que expandam capacidades e competências, mais abrangentes e mais especializadas.
  • inovar constante e continuamente produtos, serviços e processos para servir de forma sustentável a sua comunidade de negócios, de família, de amigos, etc.
Enfim, metanóia é contribuir para um mundo melhor.
Quando mudamos nossos pensamentos, mudamos nossa forma de sentir e agir. Mudamos o jeito de fazer as coisas e, quando assim procedemos, mudamos também os resultados. Para isso, o esforço e a energia dispendidos são muito mais mentais do que braçais.
Metanóia gera ações de transformação.
Se você mudou de barco e de local para remar e transformou-se em um metanóico, chegou o momento de ir para o próximo passo desta jornada.
3 – MI – de missão de vida
Certamente, quando você ainda era criança, alguém lhe perguntou:
- O que você vai ser quando crescer?
E você pode ter respondido uma série de profissões.
Aí você cresceu, estudou e se preparou para exercer uma atividade.
Muitas vezes as pessoas enveredam por caminhos que, mais tarde, as deixarão infelizes por não realizar coisas que as façam se sentir mais úteis e mais felizes.
Talvez o melhor caminho para entender nossa missão de vida seja o autoconhecimento. Você, por acaso, já se fez perguntas como:
- Qual a razão para eu estar vivo?
- Qual o meu papel, ou papéis, neste mundo?
O autoconhecimento nos ajuda a responder tais perguntas. Nossa missão de vida está atrelada ao que somos e ao que fazemos no desempenho de nossos mais diferentes papéis (pai/mãe, marido/esposa, colaborador/colaboradora, etc.). Descobrí-la, entretanto, pode não ser uma coisa fácil.
Acredito que nossa missão de vida está intimamente relacionada com a nossa vocação. Esta palavra deriva do latim vocare que significa chamamento, ato de chamar, tendo também o significado de tendência, pendor ou predisposição.
Vocare é aquela voz interior (automotivação?) que faz com que sintamos prazer em realizar nossas tarefas, independentemente de ganho financeiro, reconhecimento ou qualquer outra coisa. E, enquanto a fazemos, ela se torna fácil por mais árdua que seja.
Entretanto, existem pessoas que passam pela Vida se se darem conta de sua vocação.
Quantas pessoas você conhece que se formaram em uma faculdade e acabaram desistindo de sua profissão para percorrer outro caminho profissional?
E quantas outras existem que, durante o curso superior, percebem que aquilo não era o que queriam e também vão buscar outro caminho?
E aquelas que, sem saber qual caminho profissional seguir, vão tentar descobrí-lo através de um teste vocacional?
Aquele que já descobriu e segue sua vocação, certamente:
  • está sempre feliz com o que faz, pois encontrou significado para sua atividade;
  • não trabalha, se diverte, pois encontrou as razões para tal;
  • tem sempre um brilho no olhar, desde o início até o final da sua atividade;
  • nunca está cansado, está sempre disposto física e mentalmente;
  • renuncia a muitas coisas em prol de sua felicidade;
  • está sempre automotivado e tem energia para vencer e superar os desafios e obstáculos mais difíceis;
  • descobre sua missão de vida, o porquê de estar neste mundo e fazendo o que escolheu fazer, o que lhe dá prazer e o deixa feliz.
Quem segue sua vocação e sua missão de vida certamente irá mudar suas ideias e seus comportamentos, tornando-se uma pessoa melhor tanto para si como para os outros.
Laurie Beth Jones, em seu livro The Path, afirma que nossa missão se revela pelo autoconhecimento. Como naquele episódio onde perguntaram a Michelangelo como ele fazia para esculpir imagens tão perfeitas e ele respondeu:
- A obra está dentro da pedra. Eu só tiro os excessos.
Embora o ato de descobrir a missão de vida possa parecer difícil e trabalhoso, em realidade não o é. Basta uma virada para dentro de si mesmo e, “retirando os excessos”, você irá encontrá-la.
Fonte: http://favaconsulting.com.br/autoconhecimento-comportamento-vida/?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=49397b02aa-Fava_Consulting_06_12_2012_Grupo_OG&utm_medium=email