OS BONS DESAFIOS DE UM BRASIL MAIOR
Francilene Procópio Garcia
Professora da Universidade Federal de Campina Grande, diretora geral da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação da Paraíba e presidente eleita da Anprotec
O Brasil vem se preparando para lidar com as oportunidades e os desafios de uma economia num nível de estabilização sustentável, reconhecida com a elevação do país à categoria de grau de investimento. É visível a melhoria da competitividade nos territórios brasileiros que se movimentam com a parceria de incubadoras de empresas, aceleradoras de negócios, parques ou pólos científicos e tecnológicos. Estes mecanismos, originados ao longo dos últimos 25 anos, caracterizam um dos caminhos para concretizar o apoio à inovação, viabilizando benefícios que contribuem para o desenvolvimento social, econômico, científico e tecnológico.
As iniciativas de parques tecnológicos e incubadoras de empresas apontam resultados inspiradores e desafiadores, conforme relatos apresentados no XIX Workshop da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), realizado em outubro de 2011, em Porto Alegre. Um dos temas foi a sustentabilidade de parques e incubadoras. Em cada canto do Brasil, a exemplo do que ocorreu nas economias mais avançadas, esses ambientes em prol da inovação são organizados em torno de arranjos institucionais e se valem das leis de inovação (federal, estadual e municipal) e afins, de incentivos fiscais, dos instrumentos de apoio e fomento a empresas e centros de PD&I, e da chegada do capital empreendedor. Uma boa aposta no futuro.
Cada um desses ambientes vem avançando na promoção de uma interação maior entre instituições governamentais, centros geradores de conhecimento e o setor produtivo. A aprendizagem e os resultados já alcançados reforçam a importância de se fomentar as condições oportunas ao estímulo da atividade empreendedora e inovadora, de forma a influenciar uma nova geração de serviços, produtos e processos produtivos mais competitivos que chegam ao mercado. O maior desafio continua sendo a adequação dos modelos de gestão para a obtenção de uma operação mais sustentável, em sintonia com o mercado e melhor articulada nas diversas partes do território brasileiro. Rever e aprimorar as políticas públicas e os seus impactos em cada região faz parte da aposta no futuro.
O Brasil está num momento especial. O crescimento da economia alarga as possibilidades e aproxima o investidor privado, o que reforça a necessidade de maior capacitação da gestão, inclusive nos ambientes das incubadoras e dos parques tecnológicos. Explicitar os impactos das ações, nas suas múltiplas dimensões, é um bom desafio. É crescente o número de centros de PD&I de empresas nacionais e transnacionais que se instalam nos parques tecnológicos. No do Rio de Janeiro, por exemplo, é expressivo o conjunto de corporações da cadeia de petróleo, gás natural e energia. Por isso, também é um bom desafio para o Brasil continuar a investir na atração e fixação de novos centros de PD&I e, especialmente, em uma maior articulação com investidores privados, contemplando projetos nas várias regiões do país. Reduzir as desigualdades regionais é outro desafio na caminhada em direção a um Brasil Maior.
Em sintonia com prioridades regionais, nacionais, internacionais e com políticas públicas abrangentes, tais como a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), cabe continuar avançando de forma empreendedora e inovadora em áreas estratégicas, a exemplo dos segmentos de tecnologia limpa, nanotecnologia, biotecnologia, TIC (em especial, em ações com impacto nas áreas de segurança, saúde e educação), energia e agronegócio, entre outras.
A lista de desafios inclui incentivar a maior cooperação entre os ambientes de inovação e as empresas. Precisamos aprimorar a capacidade de articular, integrar e negociar projetos estratégicos, entre parques e incubadoras, racionalizando e fortalecendo as capacidades dos vários territórios no fomento ao empreendedorismo inovador no país. A mensuração de resultados precisa ser aprimorada, de forma a apontar as múltiplas dimensões envolvidas (política, cultural, inclusão social, ambiental, organização e gestão do espaço físico e de recursos) e viabilizar a pactuação de alternativas para eliminação da miséria e a obtenção de melhores condições de crescimento num formato melhor e mais envolvente – nos espaços da inovação.
Francilene Procópio Garcia
Professora da Universidade Federal de Campina Grande, diretora geral da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação da Paraíba e presidente eleita da Anprotec
O Brasil vem se preparando para lidar com as oportunidades e os desafios de uma economia num nível de estabilização sustentável, reconhecida com a elevação do país à categoria de grau de investimento. É visível a melhoria da competitividade nos territórios brasileiros que se movimentam com a parceria de incubadoras de empresas, aceleradoras de negócios, parques ou pólos científicos e tecnológicos. Estes mecanismos, originados ao longo dos últimos 25 anos, caracterizam um dos caminhos para concretizar o apoio à inovação, viabilizando benefícios que contribuem para o desenvolvimento social, econômico, científico e tecnológico.
As iniciativas de parques tecnológicos e incubadoras de empresas apontam resultados inspiradores e desafiadores, conforme relatos apresentados no XIX Workshop da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), realizado em outubro de 2011, em Porto Alegre. Um dos temas foi a sustentabilidade de parques e incubadoras. Em cada canto do Brasil, a exemplo do que ocorreu nas economias mais avançadas, esses ambientes em prol da inovação são organizados em torno de arranjos institucionais e se valem das leis de inovação (federal, estadual e municipal) e afins, de incentivos fiscais, dos instrumentos de apoio e fomento a empresas e centros de PD&I, e da chegada do capital empreendedor. Uma boa aposta no futuro.
Cada um desses ambientes vem avançando na promoção de uma interação maior entre instituições governamentais, centros geradores de conhecimento e o setor produtivo. A aprendizagem e os resultados já alcançados reforçam a importância de se fomentar as condições oportunas ao estímulo da atividade empreendedora e inovadora, de forma a influenciar uma nova geração de serviços, produtos e processos produtivos mais competitivos que chegam ao mercado. O maior desafio continua sendo a adequação dos modelos de gestão para a obtenção de uma operação mais sustentável, em sintonia com o mercado e melhor articulada nas diversas partes do território brasileiro. Rever e aprimorar as políticas públicas e os seus impactos em cada região faz parte da aposta no futuro.
O Brasil está num momento especial. O crescimento da economia alarga as possibilidades e aproxima o investidor privado, o que reforça a necessidade de maior capacitação da gestão, inclusive nos ambientes das incubadoras e dos parques tecnológicos. Explicitar os impactos das ações, nas suas múltiplas dimensões, é um bom desafio. É crescente o número de centros de PD&I de empresas nacionais e transnacionais que se instalam nos parques tecnológicos. No do Rio de Janeiro, por exemplo, é expressivo o conjunto de corporações da cadeia de petróleo, gás natural e energia. Por isso, também é um bom desafio para o Brasil continuar a investir na atração e fixação de novos centros de PD&I e, especialmente, em uma maior articulação com investidores privados, contemplando projetos nas várias regiões do país. Reduzir as desigualdades regionais é outro desafio na caminhada em direção a um Brasil Maior.
Em sintonia com prioridades regionais, nacionais, internacionais e com políticas públicas abrangentes, tais como a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), cabe continuar avançando de forma empreendedora e inovadora em áreas estratégicas, a exemplo dos segmentos de tecnologia limpa, nanotecnologia, biotecnologia, TIC (em especial, em ações com impacto nas áreas de segurança, saúde e educação), energia e agronegócio, entre outras.
A lista de desafios inclui incentivar a maior cooperação entre os ambientes de inovação e as empresas. Precisamos aprimorar a capacidade de articular, integrar e negociar projetos estratégicos, entre parques e incubadoras, racionalizando e fortalecendo as capacidades dos vários territórios no fomento ao empreendedorismo inovador no país. A mensuração de resultados precisa ser aprimorada, de forma a apontar as múltiplas dimensões envolvidas (política, cultural, inclusão social, ambiental, organização e gestão do espaço físico e de recursos) e viabilizar a pactuação de alternativas para eliminação da miséria e a obtenção de melhores condições de crescimento num formato melhor e mais envolvente – nos espaços da inovação.
Fonte: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI282344-17166-2,00-TENDENCIAS+E+OPORTUNIDADES+PARA.html
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