segunda-feira, 1 de junho de 2015

Cross-docking

cross-docking
Por conta de um ambiente altamente competitivo e da exigência de soluções mais rápidas para reabastecimento, otimização do espaço físico do armazém (CD) e redução dos custos de estoque, as empresas encontram no cross-docking uma excelente opção para trabalhar com esses quesitos de importância no gerenciamento de estoque.
Com o surgimento do JIT (just-in-time), EDI (eletronic data interchange – intercâmbio eletrônico de Dados) e ECR (efficient consumer response – resposta eficiente ao consumidor), os fabricantes estão mais atentos a esta prática, mais econômica e rápida, de fornecimento. O cross-docking é um conceito de operação logística interessante como resposta a essas necessidades. Ele acelera o fluxo de mercadorias, reduz os custos por condensar cargas e, idealmente, dispensa armazenagem. Assim, podemos definir cross-docking como:
Processo onde produtos são recebidos em uma dependência, ocasionalmente junto com outros produtos, que são separados conforme MIX para o mesmo destino, onde são enviados na primeira oportunidade, sem uma armazenagem longa.
Isso requer alto conhecimento dos produtos de entrada, seus destinos, e um sistema para roteá-los apropriadamente aos veículos de saída.
No cross-docking ou distribuição “flow-through” (através do fluxo), a mercadoria é recebida do fabricante através de um centro de distribuição e não é armazenada, sendo assim obtemos um ganho no espaço físico antes utilizado para armazenagem e redução do valor de estoque. No centro de distribuição dos produtos provenientes de fornecedores,  é selecionada e preparada conforme MIX de composição do pedido a ser atendido. O cross-docking usa mais o caminhão do que o depósito convencional. Dessa forma, cross-docking é um programa projetado para fornecer suporte à entrega de produtos aos clientes. Cross-docking é altamente eficiente, no sentido de que permite ao estoque viajar através de um canal de distribuição num fluxo veloz.
Existe um grande número de áreas que precisam ser cuidadosamente analisadas antes de começar uma implementação da estratégia cross-docking, pois o conceito não deve ser aplicado para qualquer operação.
O cross-docking envolve o transporte dos produtos, assim que estes esteajm prontos para o uso (uma vez manufaturados ou recebidos), sem armazená-los. Em termos práticos, o cross-docking essencialmente significa que o armazém (CD) torna-se o maior interessado no fluxo dos produtos, opondo-se ao seu armazenamento. De acordo com Ching (2001), existem três níveis de cross-docking:
  1. nível 1 é o do cross-docking paletizado, em que os produtos chegam de várias fábricas ou fornecedores e vão em outro veículo diretamente para clientes, sem nenhuma outra seleção ou preparação;
  2. nível 2 é o do cross-docking com separação, em que os produtos são recebidos e separados por caixas para uma região específica;
  3. nível 3 é o do cross-docking com separação e reembalagem. Esse é o nível em que o conceito de depósito expande para atividades que são tradicionalmente realizadas nas fábricas e, assim posiciona a função de distribuição como uma peça vital ao sucesso de uma empresa.
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Figura 1: Operação de Cross- docking
Benefícios do cross-docking:
  • aumenta velocidade do fluxo de produtos e circulação do estoque;
  • reduz valor de estoque;
  • permite consolidação eficiente de produtos;
  • dá suporte às estratégias de just-in-time;
  • promove melhor utilização dos recursos;
  • reduz necessidade de espaço;
  • reduz danos aos produtos por causa do menor manuseio;
  • reduz furtos e compressão dos produtos;
  • reduz obsolescência (e problemas com prazo de validade) dos produtos;
  • acelera pagamento ao fornecedor, logo, melhora parcerias;
  • diminui o uso de papéis associados ao processamento de estoque.
Desvantagens do cross-docking:
  • dificuldade de determinação dos produtos candidatos;
  • requer sincronização dos fornecedores e demanda;
  • relações imperfeitas com fornecedores;
  • pequena ou nenhuma credibilidade nos fornecedores;
  • relutância dos fornecedores quanto à eficiência do processo;
  • sindicatos temem perda de empregos;
  • dependências inadequadas ou retornos sobre investimentos insuficientes para justificar a compra, reforma ou construção de um CD apropriado;
  • sistemas de informação inadequados;
  • gerência nem sempre possui uma visão holística e orientada da cadeia de suprimentos;
  • medo de stock-out pela ausência de estoque de segurança.
A ferramenta cross-docking proporciona resultados significativos, porém é importante analisar a cadeia de abastecimento antes de implementá-la. Assim se faz necessária a integração de transporte, fornecedores e clientes.
Fonte http://portallogistico.com.br/2015/04/27/cross-docking-39781/?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=3ab8dd722c-Portal_Log_stico_22_05_2015&utm_medium=email&utm_term=0_651183821a-3ab8dd722c-106172596

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