domingo, 8 de setembro de 2013

Reputação na rede pode custar vaga de emprego

As redes sociais como o Linkedin se tornaram um trunfo para aqueles profissionais que estão procurando uma recolocação no mercado. Mas é preciso cuidado, pois, ao mesmo tempo em que tornam mais fácil encontrar uma nova oportunidade, essas mesmas mídias podem contribuir para que aquele tão aguardado novo emprego continue no mundo dos sonhos. Pesquisa realizada em junho por uma grande consultoria de recursos humanos, a norte-americana Carrer Buider, apontou que 43% dos empregadores desistiram de uma contratação por terem encontrado, na web, informações desfavoráveis sobre o comportamento do profissional. O estudo ouviu mais de 2.000 executivos norte-americanos da área de gestão de pessoas e demonstra uma tendência mundial.

Para o bem e para o mal, as redes sociais e a internet, de modo geral, funcionam como uma espécie de vitrine onde tudo se expõem. Assim como acontece na vida social, na qual as pessoas procuram os perfis nas redes sociais daqueles que acabaram de conhecer, no mundo corporativo a prática não é diferente. “Os empregadores estão usando todas as ferramentas disponíveis para subsidiar suas decisões de contratação. Por isso, o uso das redes sociais tende a continuar crescendo”, afirma Rosmary Delboni, gerente da consultoria Keyassociados.

A pesquisa sugere que os gerentes de RH estão usando as mídias sociais para saber mais sobre a personalidade do candidato e como ele se comporta fora da entrevista, além de observar se o profissional se encaixa com a cultura da empresa. “Por isso é importante pensar duas vezes antes de postar algo na internet”, aconselha Rosmary. As razões que fizeram as companhias desistir de contratar determinada pessoa são variadas, mas, em sua maioria, mostram que há contradição em relação àquilo que o profissional posta na rede com as qualificações apresentadas no currículo. Entre os temas destacados pelo estudo estão:

- Candidatos postaram fotos e informações provocativas ou inapropriadas (50%).
- Havia postagens sobre candidatos bebendo ou usando drogas (48%).
- Candidato postou palavrões sobre o empregador (33%).
- Provas de que o candidato tem pouco vocabulário ou dificuldades de se expressar (30%).
- Candidato fez comentários discriminatórios sobre raça, gênero, religião, entre outros (28%).
- Candidato mentiu sobre suas qualificações (24%).

Se as redes sociais possibilitam encontrar informações negativas sobre o candidato e atrapalhar contratações, se bem usadas podem contribuir para que a vaga seja de fato conquistada. Um em cada cinco empregadores disseram ter encontrado alguma informação na rede que favoreceu a contratação. As principais foram:

- Imagem profissional do candidato (57%).
- Boa impressão sobre a personalidade do profissional (50%).
- Bons contatos e interesses variados (50%).
- Candidato tem boas informações sobre suas qualificações profissionais (49%).
- Criatividade (46%).
- Boas habilidades de comunicação (43%).
- Outras pessoas postaram boas referências sobre o candidato (38%)

Para saber se seu perfil manda a mensagem correta para qualquer pessoa, incluindo possíveis contratantes, faça uma pesquisa simples sobre você mesmo no Google e em outros sites de busca. “Faça isso com seu próprio nome. Você vai achar o que qualquer outra pessoa pode encontrar. A partir dessa informação veja se os dados encontrados passam a imagem que você gostaria de passar e, caso não seja, comece a mudá-la”, orienta Rosmary.

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