quarta-feira, 17 de abril de 2013

Quando confiar é o mesmo que não acreditar


O que tende a permear qualquer relacionamento pessoal e profissional é a existência de uma relação de confiança entre as partes.
Por mais que possam existir certos interesses comuns entre pessoas e/ou organizações a confiança não é algo tão obvio.
A confiança é resultado de um processo evolutivo entre as partes.
O tempo certamente é um balizador.
Com o passar dele, esta relação se solidifica, ou não.
A confiança não insere qualquer processo de manutenção.
Difícil imaginar, por exemplo, que possamos testa-la para saber se ela está presente.
Por que isto acontece?
Justamente pelo fato que se duvidarmos é porque não confiamos.
Sendo assim, qualquer que seja o resultado do teste, a resposta já é conhecida previamente.
Em uma relação amorosa, por exemplo, a confiança não é obvia, embora seja muito desejada.
Não é raro que um cônjuge tenha total falta de confiança em seu parceiro.
Ainda assim, a relação pode se perpetuar.
Não é objetivo do artigo, insinuar ou qualificar o tipo de relacionamento.
Quando se tem a ciência que não há confiança, o processo fica mais obvio.
Verdadeiramente passível de controle.
Uma vez que não acreditamos, já deixamos alguns dispositivos devidamente ajustados.
De ambas as partes.
Por outro lado, em relações profissionais, isto é muito mais claro.
Toda e qualquer relação é permeada por algo que potencializa transformar o “confiar” em “acreditar”.
Sempre há algum documento, registro ou, até mesmo, contrato.
Certamente um instrumento reconhecido para firmar o vínculo de uma confiança.
A garantia de atendimento se faz através de um documento.
Por não acreditar ser possível que o acordado fique firmado apenas em palavras, se faz o documento.
Algo legitimo.
Não se questiona, no entanto, a real possibilidade de qualquer documento acabar por não ter efeito algum.
A verdade é que o “não acreditar” é suportado por um documento, o tal “vínculo de confiança”.
Será que é um exagero?
A quantidade de e-mails compartilhados diariamente é absurdamente grande.
Justificável ou não, há coisas a serem consideradas.
Grande parte deles tem o objetivo de registrar e comprovar algo que foi acordado.
Um vínculo de confiança entre algo combinado.
Uma comprovação.
Um registro.
Pode haver confiança, mas isso não tira a necessidade de haver o registro.
O confiar não implica em acreditar.
Utilizar dispositivos para fortalecer isso já é uma prática.
É importante firmar diferenças entre o confiar e acreditar.
Pois muita vez só podemos confiar, justamente por não acreditar, ainda mais em relações profissionais, se bem que nas pessoais…

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