terça-feira, 30 de abril de 2013

A ditadura do não se responder as mensagens



Repleto de inúmeros meios de comunicação, o atual mundo corporativo ainda demanda a regulamentação, mesmo que informal, de algumas boas práticas que potencializem a melhor interação entre as pessoas.
Hoje em dia, a quantidade de mensagens, de diferentes plataformas tecnológicas, chega a um número tão grande que só é comparável com a quantidade de “não respostas” a estas mensagens.
Isto mesmo.
Vivemos em um mundo com alta demanda por comunicação, mas que, no entanto, por mais paradoxal que possa ser, com similar frente que defende sua necessária diminuição.
Para atingir tal intento, muito de nós costuma adotar estratégias de valia e eficiência muito discutíveis.
Uma das mais comumente disseminadas é a ‘não resposta’.
Isto mesmo, as pessoas encaminham questões, opiniões, pontos de vistas, enfim todo tipo e espécie de mensagem e costumam ter como resposta, nada, o completo e mais profundo silêncio.
Realmente há mensagens que não demandam qualquer contrapartida, elas por si só se completam.
No entanto, muitas, talvez a grande maioria, acaba por ser encerrada sem qualquer deliberação ou entendimento devido.
Fantasiado do argumento que a quantidade de mensagens, sobretudo de e-mails, é gigantesca, muitos costumam adotar a ditadura da “não resposta”, como se nos coubessem o poder de definir o fim do processo de comunicação.
Não há culpa nisso, mas é temerário e importante considerar alguns tipos de comportamento.
As pessoas não respondem mensagens por inúmeros motivos, dentre eles:
O equívoco está no fato que é legitima a possibilidade de não se ter a resposta ou posição sobre alguma questão específica, mas que, no entanto não serve de argumentação ao fato que todos merecemos ter a ciência de saber que ao menos a mensagem chegou ao seu destino (que certamente não é apenas chegar a caixa de entrada).
Não querer responder, certamente a pior decisão a ser tomado, um claro sinal de fraqueza ou uma questão de querer evitar que alguma discussão inadequada se prolongue? Sendo uma coisa ou outra, é preciso medir claramente como o resultado desta decisão poderá ser entendida pela outra parte envolvida. Ah isso, importa, sim, ainda mais se vivemos em sociedade.
Questão relacionada com a falta de planejamento associada ao real fato que recebemos muitas mensagens mesmo, no entanto, não é este o mundo em que vivemos? Certamente todos possuímos algum colega que é sempre eficiente em responder mensagens. Sendo isto verdade, podemos considerar isso um diferencial, sobretudo, profissional.
Seja qual for a motivação, o não conhecimento sobre algum fato não exime qualquer pessoa a se tornar responsável por uma postura pautada na omissão, como se a regra válida fosse: “Se não fiquei sabendo, não preciso fazer nada.”
Por mais que os firewalls das organizações sejam responsabilizados por filtrar muitas mensagens, certamente uma fatia insignificante das pessoas realmente não recebem as mensagens que lhe são enviadas.
Pois bem, não há regra clara e talvez seja tudo uma questão de foro íntimo, mas isso me faz lembrar situação similar a que muitos de nós vivemos no passado ou presente, quando ao nos interessarmos por alguém e explicitarmos isso a contraparte, aguardamos uma resposta e… aguardamos, aguardamos, aguardamos… talvez a pior das esperas, a da resposta que não virá.

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