quarta-feira, 27 de junho de 2012

O Futuro do Trabalho é Online?


Futuro do Trabalho é OnlineQue a terceirização é uma tendência natural, todos sabemos.  Cada vez mais devemos focar nossos esforços profissionais e empresariais no que sabemos fazer bem, deixando aos outros aquilo que não é o núcleo de nossa atividade.
Da mesma forma, cada vez mais a terceirização é global.  A tecnologia nos permite alcançar recursos que até pouco tempo atrás pareciam fora de nossa realidade.  O que estava restrito a grandes empresas, que tinham os meios para buscar soluções em outras regiões e países, está agora disponível para qualquer um que aceite explorar novas formas de relacionamento profissional.
O crescimento de sites como o Elance é o exemplo perfeito desta nova realidade.  Através do Elance você pode publicar um trabalho para o qual precisa de um profissional.  Pode ser um trabalho de programação, tradução, criação de conteúdo, design visual, jornalismo, criação de soluções de marketing, consultoria empresarial, tarefas administrativas, etc…  ou seja, praticamente tudo que não depende de uma movimentação de itens físicos pode ser contratado pelo site.
Após você publicar seu trabalho, profissionais de todo o mundo podem fazer uma proposta.  Para selecionar o vencedor, você pode também ver seu portifólio de trabalhos e avaliações de outros contratantes.  Após a contratação, todo o processo (inclusive pagamento e entrega dos produtos finais) são feitos através da interface do site.  Tudo de forma prática e segura.  O resultado é que você pode desenvolver uma campanha de marketing na internet contratando um especialista em marketing americano, um designer indiano, e um editor brasileiro, a custos que são difíceis de superar no mercado.
A força da tendência do trabalho online também pode ser compreendida nos números do Elance.  O site acaba de atingir o impressionante valor de US$ 500 milhões de serviços contratados pelo site (fundado em 2007).  Eles publicaram um infográfico bastante interessante com os principais números e achados destes 5 anos de vida do serviço.
Podemos extrair algumas perspectivas interessantes:
1. Trata-se de um mercado de trabalho realmente global.  Os clientes estão distribuídos em 163 países, enquanto há profissionais cadastrados de 158 países.
2.  Nota-se que nos últimos 12 meses a curva de crescimento começou a inclinar para cima.  Ou seja, profissionais e empresas estão cada vez mais dispostas a encarar o modelo de contratação online.
3. O Brasil, apesar da força de sua economia, parece estar atrasado no que se refere a trabalho online.  O país não está entre os top 20 que mais contratam serviços pelo Elance, e não aparece sequer no ranking de países que mais recebem contratações.
O mais interessante, no entanto, são as 3 previsões que eles fazem no final do infográfico.  Independente se você concorda ou não, vale a pena pensar…

1 em cada 3 pessoas serão contratadas pela internet em 2020

Apesar de concordar com a tendência, esta previsão me parece um pouco exagerada.  Certamente estamos caminhando nesta direção, mas considerar que 30% do mercado de trabalho será contrato via web não parece ser uma realidade que acontecerá com tanta velocidade.   Ainda assim, eu acredito que até 2020 quase 100% das contratações terão alguma influência da internet, seja na busca do emprego, seja na seleção dos candidatos.

1 em cada 2 negócios terão equipes online até 2020

Com esta previsão eu concordo plenamente.  A previsão é válida para qualquer tipo de empresa, inclusive pequenos negócios locais.  Todos podem se beneficiar de custos mais baixos e maior agilidade na contratação, e aos poucos as barreiras de resistência serão quebradas.

Surgirão congregações globais de profissionais vinculados ao trabalho online

A forma tradicional de existência de sindicados não parece ser compatível com o trabalho online, que precisa de mais agilidade e menos regras.  Conforme o número de profissionais que tem seu ganha-pão através de contratações na internet cresce, será inevitável ver organizações globais que sejam criadas para defender os interessas desta nova classe de trabalhadores.

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