domingo, 2 de julho de 2017

5 fatores determinantes para o futuro da internet, segundo a Mozilla

Privacidade e segurança online são os primeiros deles

Atualmente, é mais fácil utilizar a Internet do que era há 20 anos, uma vez que os usuários podem ter mais habilidades digitais do que antes. Porém, ainda há certo desconhecimento sobre o que a web é e de onde vem seu conteúdo. Pensando nisso, a Mozilla, desenvolvedora do navegador Firefox, não só celebra o Dia Mundial da Internet, como também traz dados a respeito da saúde da Internet e sobre seu futuro.
No começo de 2017, a organização lançou o Internet Health Report, com o objetivo de explicar o que está acontecendo com a Internet nos dias de hoje e estabelecer medidas para que ela se desenvolva de maneira mais livre, aberta, inclusiva, segura e igualitária. “Nós, da Mozilla, começamos esse trabalho sobre a saúde da Internet pela seguinte razão: documentar e explicar o que está acontecendo com esse valioso recurso público que ela representa.”, explica Mark Surman, diretor-executivo da Mozilla Foundation. Confira a seguir as 5 questões que irão determinar o futuro da Internet, segundo o estudo da Mozilla:

1. Privacidade e Segurança Online

A segurança e a privacidade na Internet são fundamentais e não devem ser tratadas como opcionais. Proteger sua privacidade e segurança não significa “esconder algo”, mas sim que todo o usuário tem a capacidade de escolher quem precisa saber onde você vai e o que você faz.

2. Openness

Uma Internet saudável é aberta, de modo que juntos, podemos inovar. Para que isso seja uma realidade, a Mozilla tem focado nestes três aspectos: Open source, Copyright e Patentes. As leis de direitos autorais e de patentes devem promover melhor a colaboração e as oportunidades econômicas. O código aberto, os padrões abertos e as políticas pró-inovação devem continuar a ser o principal foco da Internet.

3. Descentralização

Não deve haver monopólios ou oligopólios em linha. Uma Internet descentralizada é uma Internet saudável. Para atingir esse objetivo, a Mozilla está se concentrando nas seguintes áreas: Neutralidade da rede (Os operadores de rede não devem ser autorizados a bloquear ou distorcer a conectividade ou as escolhas dos utilizadores da Internet); Interoperabilidade (Se os ganhos econômicos de curto prazo limitam a inovação da indústria a longo prazo, toda a indústria de tecnologia e economia sofrerão as consequências; Concorrência e escolha (Precisamos da Internet para ser um motor para a concorrência e escolha do usuário, não um facilitador de gatekeepers); Contribuição local (A relevância local é mais do que apenas a linguagem; Também é adaptado ao contexto cultural e à comunidade local.

4. Inclusão Digital

Pessoas, independentemente de etnia, renda, nacionalidade ou gênero, devem ter acesso irrestrito à Internet. Para ajudar a promover uma Internet aberta e inclusiva, a Mozilla tem promovido o acesso universal a toda a Internet (Todos devem ter acesso à diversidade total da Internet aberta); promovendo a diversidade online (O acesso e o uso da Internet estão longe de serem distribuídos uniformemente. Isso representa um problema de conectividade e um problema de diversidade); promovendo o respeito online (Devemos nos concentrar em mudar e construir sistemas que dependem tanto da tecnologia como dos seres humanos, para aumentar e proteger diversas vozes na Internet). Numerosos e diversos obstáculos estão no caminho da inclusão digital, e eles não serão superados por padrão. Nosso objetivo é colaborar com, criar espaço para, e elevar as contribuições de todos.

5. Alfabetização na Web

Todos devem ter as habilidades para ler, escrever e participar do mundo digital. Para ajudar as pessoas de todo o mundo a participarem deste mundo, a Mozilla tem focado em áreas como, Mover-se além da codificação; Integrar a alfabetização na web na educação; Cultivando a cidadania digital. A alfabetização na Web deve ser fundamental na educação, como leitura e matemática. Capacitar as pessoas para moldar a web permite às pessoas moldar a própria sociedade. Queremos que as pessoas vão além do consumo e contribuam para o futuro da Internet.
“Podemos construir novas peças e ensinar as pessoas a tirar o máximo proveito do que está lá. Podemos apontar o que está errado e torná-lo melhor. Se fizermos este tipo de trabalho em conjunto, acredito que podemos expandir e alimentar o movimento para manter a Internet muito mais saudável para o futuro.”, afirma Mitchell Baker, Executive Chairwoman da Mozilla Foundation e da Mozilla Corporation. “Precisamos de compromissos ainda mais profundos para garantir que nossas habilidades correspondam ao papel que a Internet desempenha em nossas vidas”.
Fonte http://www.administradores.com.br/noticias/tecnologia/5-fatores-determinantes-para-o-futuro-da-internet-segundo-a-mozilla/118960/

sábado, 1 de julho de 2017

Mulher paga menos? Cobrança diferenciada por gênero em shows é ilegal, diz juíza

A juíza argumentou que o Código de Defesa do Consumidor é bastante claro ao estabelecer o direito à igualdade nas contratações, como também prevê a nulidade de cláusulas discriminatórias

A juíza Caroline dos Santos Lima, do CEJUSC/Brasília, negou o pedido de liminar feito por um consumidor que exigia o direito de pagar o mesmo valor do ingresso feminino, inferior ao valor do ingresso masculino, em um evento da R2 produções, também de Brasília.
De acordo com a decisão, não se demonstra o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo que justificasse a urgência alegada pelo consumidor.
"Não chega a impor que não se possa aguardar a realização da audiência de conciliação e, se for o caso, o contraditório e a instrução processual (...) momento em que será possível avaliar planilhas de custos, margem de lucro e demais questões relacionadas à política de preços, de forma a adequá-la à legislação consumerista", afirma a decisão.
Apesar da decisão, a juíza deixou claro que “a diferenciação de preço com base exclusivamente no gênero do consumidor não encontra respaldo no ordenamento jurídico pátrio” e que há irregularidades na cobrança diferenciada promovida pela empresa, uma vez que o Código de Defesa do Consumidor é bastante claro ao estabelecer o direito à igualdade nas contratações, como também prevê a nulidade de cláusulas discriminatórias.
“Incontroverso que as pessoas são livres para contratarem, mas essa autonomia da vontade não pode servir de escudo para justificar práticas abusivas. Não se trata de um salvo conduto para o estabelecimento de quaisquer critérios para a diferenciação de preços. Com base nesse raciocínio, não é possível cobrar mais caro de um idoso ou de estrangeiros, por exemplo. Nessas situações o abuso seria flagrante e sequer haveria maiores discussões.”, diz a decisão.
“Fato é que não pode o empresário-fornecedor usar a mulher como ‘insumo’ para a atividade econômica, servindo como ‘isca’ para atrair clientes do sexo masculino para seu estabelecimento. Admitir-se tal prática afronta, de per si, a dignidade das mulheres, ainda que de forma sutil, velada. Essa intenção oculta, que pode travestir-se de pseudo-homenagem, prestígio ou privilégio, evidentemente, não se consubstancia em justa causa para o discrímen. Pelo contrário, ter-se-á ato ilícito.”, finalizou a magistrada.
Fonte http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/mulher-paga-menos-cobranca-diferenciada-por-genero-em-shows-e-ilegal-diz-juiza/119851/