quarta-feira, 2 de abril de 2014

Cultivando um ambiente de trabalho focado

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É muito difícil ser criativo sob demanda. A maioria de nós precisa de tempo para reflexão, o que requer pensar sozinho, sem distrações. Criatividade exige também ser capaz de respirar, pensar e acessar todo o volume de informações para lidar com a resolução de um problema. Falei uma vez com minha colega Teresa Amabile sobre como o foco individual e coletivo desempenha um papel fundamental na resolução criativa de problemas.
“Vamos tomar uma reunião de negócios como um exemplo. Muita coisa pode acontecer em um período relativamente curto de tempo. Muitas conexões interessantes podem se desenvolver. Uma grande quantidade de informação pode ser trocada. Como resultado de tantos estímulos, às vezes é difícil realmente se focar em um problema. Foco é particularmente importante quando as pessoas estão tentando resolver um problema urgente de forma criativa.
Para ajudar uma pessoa ou equipe a ficar focada em ter as melhores soluções possíveis, as pessoas têm que ser protegidas do excesso de estímulos. Elas têm que ser protegidas contra a necessidade de apagar incêndios nas crises do dia-a-dia que surgem em outras áreas do trabalho. Elas têm que sentir que sua missão é serem criativas – o que é absolutamente crucial.
Aqui está um breve exemplo de como uma organização faz isso da maneira correta. Uma equipe de TI foi realmente “protegida” de distrações externas, a fim de concluir um projeto difícil em um curto espaço de tempo. Tiveram a ajuda que precisavam de outros na organização, o que é uma condição essencial para que as pessoas façam progressos em algo significativo.
Eles também receberam muito encorajamento da alta gerência. Os gerente constantemente perguntavam: O que vocês precisam? O que podemos fazer por vocês? Até mesmo levavam comida e água, quando estavam trabalhando até tarde da noite. Isso realmente teve um impacto sobre positivos sobre as pessoas. A equipe entendeu que o que eles estavam fazendo era realmente importante. Essas ações de colegas em todos os níveis deram mais significado  ao que eles estavam fazendo, porque eles se sentiram valorizados por essa organização.
Mesmo que tendo enormes obstáculos técnicos para superar, eles foram capazes de se perceberem fazendo progressos todos os dias frente aos contratempos. Durante esses oito dias em que durou o projeto, a equipe esteve mais motivada e mais feliz do que tinha estado por um longo tempo, embora estivessem trabalhando muito duro. Esse é o princípio do progresso em ação”. Tranquilidade para se focar e motivação podem causar transformações enormes no desempenho e na criatividade das pessoas.
Fonte http://recursosehumanos.com.br/artigo/ambiente-de-trabalho-focado/?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=c3ab8161e1-Recursos_E_Humanos_12_03_2014&utm_medium=email&utm_term=0_651183821a-c3ab8161e1-106172596

terça-feira, 1 de abril de 2014

Dois terços dos acidentes no transporte rodoviário de cargas estão relacionados a falhas humanas

Estudo da corretora MDS Consultores de Seguros e Riscos que considerou 1550 sinistros aponta que despreparo, desrespeito às leis de trânsito ou às normas de segurança e defeito mecânico são os principais fatores


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A corretora MDS Consultores de Seguros e Riscos divulgou um estudo acerca dos acidentes envolvendo transporte de cargas, e constatou que 67% dos eventos estão relacionados de alguma maneira a falhas humanas e de processos.
Segundo a empresa, para se chegar a essa conclusão, foi utilizado como parâmetro um universo de 1550 sinistros ocorridos entre novembro de 2012 e outubro de 2013. A MDS considerou incidentes em operações logísticas que tiveram acidentes durante trajeto, operação de carga e descarga, transbordo e permanência em entrepostos.
Dentre os casos que abrangem os 67% citados anteriormente, cerca de 56% dos prejuízos foram originados por conta de tombamento, capotagem e colisão devido a fatores como a velocidade incompatível com o trecho somada à fadiga do motorista, desrespeito às leis de trânsito ou às normas de segurança, distração, imperícia na manobra, falta de qualificação profissional, defeito mecânico e uso de medicamentos.
Victor Garibaldi, diretor da corretora MDS e responsável pelo estudo, afirma que o restante do percentual (que abrange 33% dos incidentes) ocorre por haver problemas no manuseio e acondicionamento de cargas, com sinistros muitas vezes procedentes de desrespeito à simbologia impressa nas embalagens, falta de habilidade técnica na movimentação e armazenagem dos volumes, ou até mesmo utilização de equipamentos inadequados e desqualificação do profissional responsável.
Para amenizar o índice, empresas especialistas no segmento têm procurado aplicar novas metodologias às operações, como explica Garibaldi sobre um caso de uma companhia de equipamentos de alto valor agregado, relacionados à infraestrutura no segmento de energia, cujo transporte é realizado em veículos especiais.
“Foram implementadas medidas de prevenção de perdas como, por exemplo, a inclusão de batedores à frente do veículo que transporta a carga, para possibilitar o controle do trajeto, parametrização da velocidade de deslocamento aferida pelo sistema de rastreamento do caminhão, distâncias seguras dos demais veículos na via, -, desenvolvimento de um plano de rotas mais seguro e com menos limitações e exposições, além de um sistema de premiação que beneficia o motorista proporcionalmente ao sucesso do transporte sem danos à mercadoria, o que refletiu em uma redução de 80% nos prejuízos decorrentes de acidentes”, finaliza.
Apesar do alto índice de acidentes que envolverem falha humana, é importante destacar que a precária condição da infraestrutura do modal rodoviário no Brasil permanece sendo o fator crucial para que o número de acidentes permaneça alto e cresça cada vez mais.
Pesquisa mais recente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), divulgada no final de 2013, mostrou que 63,8% dos 96.714 quilômetros de rodovias avaliadas apresentam alguma deficiência, seja no pavimento, na sinalização ou na geometria da via.
O mesmo índice havia sido de 62,7% na pesquisa de 2012, o que significa piora no risco que o modal proporciona.
Fonte http://www.transportabrasil.com.br/2014/03/dois-tercos-dos-acidentes-no-transporte-rodoviario-de-cargas-estao-relacionados-a-falhas-humanas/