quarta-feira, 8 de março de 2017

Automação da indústria de calçados: padronização da linguagem para gerir os negócios

Automação da cadeia coureiro-calçadista pode ser conferida na Fimec 2017

A indústria de calçados produz mais de 900 milhões de pares de sapatos por ano, com capacidade para vestir 100% da demanda interna e ainda exportar para mais de uma centena de países. Com este volume expressivo, é cada vez mais fundamental que suprimentos, indústria de bens de consumo e varejo utilizem a mesma linguagem para gerir os negócios. A padronização da cadeia coureiro-calçadista, por meio da automação dos processos, tem sido a ferramenta mais utilizada neste processo.GS
O grande interesse é refletido no Sistema de Operações Logísticas Automatizadas (Sola), metodologia difundida que permite a leitura dos produtos e volumes com organização e controle da movimentação de mercadorias para gerenciar os negócios, seja para o mercado interno ou externo por meio do uso de códigos de barra padrão GS1. O Projeto que visa a uma cadeia produtiva mais integrada, produtiva e com rastreabilidade mostrará como tudo isso funciona na prática entre os dias 14 e 16 de março, das 13h às 20h, no Estande da Abicalçados na Fábrica Conceito da Fimec 2017, nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo.
Graças aos processos automatizados, é possível gerar registro das informações com exatidão e em tempo real: expedição, entrada e saída de mercadorias, estoque e inventário. Isso permite que os gestores monitorem os negócios e tenham autonomia e poder na tomada de decisões de maneira rápida, eliminando contagens manuais que podem incorrer em inconsistências e perdas.
“Com os recursos oferecidos pelo Sola, é possível reduzir custos e aumentar eficiência no controle e expedição de mercadorias”, explica Ricardo Verza Amaral Melo, executivo de negócios da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil.
A adoção de uma linguagem única e universal permitirá que a indústria calçadista brasileira tenha precisão e agilidade, tanto na troca de informações como no próprio fluxo físico das mercadorias, desde o recebimento da matéria-prima até a entrega do produto final ao varejista. Como os padrões GS1 são globais, permitem que a identificação seja a mesma para o Brasil e para qualquer país do mundo, no caso de exportação. Assim, qualquer sistema de software (ERP – Enterprise Resource Planning) pode implementar o método.
Benefícios
Eficiência e precisão na expedição de mercadorias, armazenamento e movimentação: evitar erros, desvios ou possível demora ao contar a produção, realizar inventário, embarcar e receber mercadorias, rastreabilidade, emitir faturamento, lançar registos no sistema, manifestar destinatário (Secretaria da Fazenda) e o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), Bloco H e K.
Gestão de estoques: correta expedição, inventário em tempo real e possibilidade de evoluir para reposição automática com o cliente e crossdocking.
Melhor gerenciamento das transações comerciais: desburocratizar e simplificar a troca eletrônica de dados direta (sem intermediários), como é o caso do catálogo de produtos, ordens de compra, pedidos, aviso de despacho, NF-e, entre outros;
Reduzir custos: eliminar retrabalho com conferências manuais, redigitação de documentos, reetiquetagem etc.

Pilares para a implementação

Identificação (GS1): padronizar a identificação dos produtos (item comercial) e unidades logísticas (unidade de carga, como caixas, paletes, etc.);
Processos: certificar os processos de separação, conferência, armazenamento e movimentação da mercadoria com a informação eletrônica (virtual);
Troca Eletrônica de Dados (EDI): é a comunicação eletrônica dos documentos (catálogo de produtos, pedidos ou ordem de compra, nota fiscal, aviso de despacho, entre outros) que elimina a digitação.

Sobre a GS1 Brasil

A GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação é uma organização sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos, tem seu padrão adotado em 150 países e possui sedes em 112 deles. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística. A organização brasileira tem 58,5 mil associados. Mais informações em www.gs1br.org.
Fonte http://www.painellogistico.com.br/automacao-da-industria-de-calcados-padronizacao-da-linguagem-para-gerir-os-negocios/

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