quinta-feira, 23 de junho de 2016

Com chips, pedágios serão pagos conforme trecho percorrido

Rodovias

Os debates sobre localização de praças de pedágio em rodovias federais podem estar perto do fim.

Os debates sobre localização de praças de pedágio em rodovias federais podem estar perto do fim. Isso porque, entre os primeiros sinais de avanço no ambiente para privatizações que o governo Michel Temer quer apresentar, está acelerar a instalação de chips em todos os veículos do país. Por ele, será possível não apenas reduzir furtos e melhorar a cobrança de impostos por veículos, como poder cobrar pedágio conforme o uso das estradas. A iniciativa já existe em várias regiões do mundo, inclusive no Chile.

O projeto para instalação do Sistema de Identificação Automática de Veículos (Siniav) vem se arrastando no governo federal há mais de cinco anos, com prazos para implantação frequentemente prorrogados ou questionamentos a sua aplicação. Mas, segundo Moreira Franco, secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimento (PPI), “é facílimo resolver isso”. Com a instalação desses chips, a cobrança de pedágios seria mais precisa, de acordo com o trecho percorrido por veículo.

- Esse é um caso típico de questão que está rodando em discussões há anos e anos. Agora, os ministérios e agência vão fazer uma exposição de motivos ao conselho de parcerias para avançar - disse Moreira Franco.

Segundo estudos do governo, para as estradas, com a “tag” do Siniav no veículo, o usuário vai poder contratar o serviço de pedágios por meio de pagamento à vista, pré-pago ou pós-pago; realizar a transação em cabine específica, onde não há necessidade de parada; evitar filas nas cabines manuais, sem paradas e arrancadas; e diminuir o consumo de combustível, de emissões de gases poluentes e de custos do veículo, como freios e suspensão. Seria uma massificação dos programas privados de cobrança, avaliam fontes.

A decisão se arrasta, porém, contando a forte oposição das concessionárias de rodovias. Isso porque, enquanto hoje a inadimplência beira o zero – se o usuário não paga a tarifa ou o serviço privado, a cancela do pedágio não abre -, eles temem que números de inadimplência que chegam a 40%, tendo como referência a cobranças de IPVA e licenciamento em grandes cidades.

- Isso seria bom em um mundo ideal, mas ele não existe. Assumimos o risco do tráfego, mas não o risco financeiro – disse, sob condição de anonimato, o presidente de uma empresa de concessões.


Fonte: Portal de Notícias Jornal O Globo e http://www.transvias.com.br/8469/noticias/Com-chips,-pedagios-serao-pagos-conforme-trecho-percorrido 

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