Com a modernização e o aprimoramento cada vez maior das condições tecnológicas que temos nos dias de hoje, podemos ter redução do estoque sem que o mesmo comprometa nosso atendimento.
O VMI (vendor managent inventory – estoque gerenciado pelo fornecedor) é uma ferramenta que possibilita ter em estoque uma quantidade menor de produtos, que serão reabastecidos conforme a política de estocagem da organização, sem comprometer o atendimento.
Conforme Pires (2004) o termo VMI foi cunhado no começo dos anos 1990 nos EUA em projetos implementados por grandes varejistas, como Wal Mart. Apesar dessa sua origem, a prática logo se popularizou e passou a ser vista por muitas empresas de manufatura como forma de diminuir ou frear o crescente poder dos varejistas. A principal característica desta ferramenta destaca que:
VMI é um sistema de parceria, onde o fornecedor é o responsável por abastecer o estoque de seu cliente, sempre que existir a necessidade de reposição de um determinado produto, cabendo ao fornecedor abastecer seu cliente no momento certo.
Esta forma de reposição pode ser informatizada utilizando o EDI (eletronic data interchange – intercâmbio eletrônico de dados), por e-mail enviando planilhas, ou de forma visual, onde o fornecedor passa em dias pré determinados para verificar se precisa abastecer. Esse abastecimento, independentemente da forma de solicitação ou visualização do mesmo, deve ter como base o histórico de CMM (consumo médio mensal) para que o fornecedor possa se programar para atender a necessidade do cliente. Essa ferramenta possibilita a reposição automática de estoques por parte do fornecedor ao seu respectivo cliente, com base na demanda real diariamente atualizada e em parâmetros de cobertura previamente definidos.
Com isso, processos de produção, logística e planejamento podem ser sincronizados, obtendo-se a racionalização de estoques e consequente redução de custos na cadeia produtiva. Como resultado, temos maior competitividade, além do aumento da disponibilidade de produto no cliente.
No VMI, é importante que fornecedor e cliente tenham uma aliança estratégica, trabalhando em parceria, para que o processo seja realizado da melhor forma possível. O fornecedor tem a responsabilidade de abastecer o estoque de seu cliente, mas para que isso ocorra sem muitos problemas é necessário que existam parâmetros acordados entre ambas as partes. PIRES (2004) sugere quatro elementos necessários para que se possa implementar um VMI em uma cadeia de suprimentos, especialmente em um país com dimensões continentais como o Brasil:
- Conhecer a demanda do cliente final (no ponto de venda), porque ela será a base para o processo de gestão;
- Receber as informações com frequência e a capilaridade necessária, via uma estrutura TIC ágil e confiável instalada ao longo da cadeia de suprimentos;
- Existir uma biblioteca de modelos gerenciais de gestão de estoque, de previsões de vendas e de processos logísticos, tal que possam utilizar modelos adequados para gerenciar as diferentes situações, clientes, produtos, demandas etc.;
- Existir uma inteligência gerencial” suficiente para que cada alocação e a parametrização dos diversos modelos gerenciais disponíveis para que as diversas situações sejam feitas de forma adequada e continuada, sempre respondendo às eventuais alterações nas condições de contorno impostas ao sistema.
Algumas vantagens e desvantagens comuns no VMI.
É importante ressaltar que o VMI deve ser implementado quando conhecemos a realidade dos nossos produtos e os fornecedores que são responsáveis pelo seu reabastecimento contínuo. Se não existir uma integração entre cliente e fornecedor, esta ferramenta não deverá ser aplicada.
Fonte: NOGUEIRA, Amarildo de Souza. Logística Empresarial: uma visão local com pensamento globalizado. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2012
Fonte http://portallogistico.com.br/2014/09/08/vmi-reducao-de-estoque-39781/?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=dd662251ad-Portal_Log_stico_28_10_2014&utm_medium=email&utm_term=0_651183821a-dd662251ad-106172596
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