sábado, 21 de junho de 2014

Profissão Pedagogo

Autor: Samara TeixeiraShare on print
Há quem diga que para optar por um curso de Pedagogia é preciso gostar de crianças e não ter muito apreço por altos salários. Realmente, apesar do prestígio alcançado pela carreira de educador, muitos ainda não recebem a remuneração condizente com a responsabilidade que estes profissionais têm em mãos. Mas o papel do pedagogo vai muito além da educação infantil.

Segundo Anna Maria Damiani, coordenadora da Escola de 
Educação da Universidade Anhembi Morumbi, atualmente o profissional é um articulador do processo pedagógico na Instituição de Ensino. “As escolas procuram um perfil que tenha como princípio a gestão democrática, o trabalho coletivo, a ética profissional e comprometimento político pedagógico”, explica Anna.

O curso de Pedagogia mudou. Antes eram ministrados três anos de disciplinas voltadas para educação e mais um ano de habilitação profissional. No início do curso, os alunos tinham aulas de Filosofia, Sociologia, Psicologia, entre outras matérias. Mais tarde, integravam o currículo as disciplinas relacionadas à Administração, que preparavam o futuro pedagogo para ser um administrador de escola, por exemplo.

De acordo com novas diretrizes do governo federal, hoje os cursos devem formar docentes para os níveis de Educação Infantil e Fundamental I e gestores. Assim, as questões de gestão e administração permeiam todo o período do curso. “Para quem pretende ser um educador, é preciso saber que para qualquer docência, da Educação Infantil ao Ensino Fundamental I, é obrigatório no curso de Pedagogia. Para exercer qualquer atividade de gestão ligada à educação, também é preciso fazer o curso”, explica Hyrla Leal, coordenadora do curso de Pedagogia da PUC – SP, profissional com mais de 30 anos de experiência no mercado.


Pedagogia além das Escolas

O aperfeiçoamento e especialização desta carreira têm contribuído para a expansão do campo de trabalho do pedagogo. “Antes, o pedagogo era muito restrito à escola. Agora não, o campo foi muito ampliado. O profissional hoje é chamado para exercer uma série de atividades: ludoeducador, trabalhar nas empresas junto ao RH, com pedagogia social, com pedagogia hospitalar, etc.”, conta a professora.

Até mesmo em razão destas novas especialidades e do surgimento de oportunidades antes inexploradas, a atualização do profissional é indispensável. Ele precisa estar atento às novas tecnologias, conhecer e avaliar tendências pedagógicas, deve ter o hábito da leitura, frequentar eventos culturais (cinema, teatro, mostras), participar de workshops e seminários e, claro, preparar-se bem para as aulas ou quaisquer outras atividades em que estiver envolvido.

Hyrla também afirma que para o pleno desenvolvimento da profissão é preciso que o pedagogo seja comunicativo, trabalhe em grupo, saiba lidar e trabalhar com a diversidade, seja um facilitador da inclusão social e tenha comprometimento. “Se não houver paciência e compromisso, não se resolve nada! Tem de ter iniciativa também, não se pode ficar esperando que as coisas venham de cima”, diz.


Como anda o mercado de trabalho?

De acordo Anna Maria Damiani, setor está em expansão devido ao crescimento demográfico, e sendo assim muitas portas abrem-se constantemente a nível nacional.

“O pedagogo deixou de ser apenas aquele profissional de educação que atua dentro das escolas. O número de candidatos que buscam cursos superiores nesta área aumentou e especialistas garantem que o mercado de trabalho está cada vez mais amplo”, ressalta a especialista.

Segundo o Guia de Profissões e Salários da Catho, a média salarial nacional de um pedagogo está em torno de R$1.466,99.


O que esperar da pedagogia?

Cursos de Pedagogia formam e informam educadores críticos, éticos, com autonomia e identidade um profissional que, na contemporaneidade, pretende afirmar-se como elemento mediador e articulador de uma práxis pedagógica.

“Com isso, o pedagogo tem como foco a interdisciplinaridade comprometida com uma educação de qualidade para todos, a fim de viabilizar homens conscientes, capazes de se assumir como sujeitos da história e prontos a agir para transformar o contexto em que vivem.”, enfatiza Anna.


Quais são as principais dificuldades da profissão?

Segundo Anna, alguns dados estatísticos mostram que, o pedagogo não é devidamente valorizado pela sociedade. “Há, sem dúvida, uma questão de desprestígio social que provavelmente impacta na motivação, na valorização e no desempenho do educador”, explica a especialista.

No entanto, para Anna o orgulho e o amor à profissão e o reconhecimento da sua importância social e educacional se mostram, mais uma vez, valores incontestáveis. “Fica claro que a decisão de ser pedagogo, na maior parte dos casos, é fruto de um desejo pessoal, e não apenas de uma necessidade econômica”, conclui Anna.

Vá à luta! Consulte currículos da área de Pedagogia.

Fonte: Profissão Pedagogo | Portal Carreira & Sucesso 

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