quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O RH em 2014: Autocrítica como forma de crescimento

competencias-recursos-humanosFoi com muita satisfação que encontrei na pesquisa da Exame, entre as profissões mais promissoras para 2014, a categoria “Gestor de pessoas e profissionais de Recursos Humanos”. Particularmente penso que a profissão ficará em alta enquanto o mundo existir, já que pessoas são o centro de qualquer organização.
E aproveitando o mote da matéria quero convidar você, profissional de RH, para nos ajudar a construir este ano um espaço de autocrítica e aprimoramento de competências para todos que tem a missão de lidar com seres humanos dentro das empresas.
Como já disse em um post anterior, logo estaremos inaugurando um portal novinho, com layout e funcionalidades que nos colocarão entre os melhores sites de RH do país – nossa meta é ser o maior e melhor até 2015- e sua participação é muito importante no sentido de nos dizer o que é mais relevante para você e o que pode acrescentar mais valor à sua carreira.

Visão crítica

Sou profissional de RH há 10 anos e desde sempre tenho uma postura que pode parecer excessivamente crítica a algumas pessoas da área. Mas continuo firme nela. Em primeiro lugar, não acredito que nós de RH tenhamos que nos encontrar – seja em sites, congressos ou grupos de discussão – apenas para falar do quanto somos importantes para o mundo ou para nos regozijarmos com a relevância de nossos papéis.
Devemos nos encontrar para nos criticarmos. Para apontar o que ainda não está bom e o que pode -e deve – ser melhorado. Para reconhecermos que há ainda um longo caminho a percorrer até que sejamos vistos com mais respeito dentro das organizações nas quais atuamos.
Sempre bati na tecla de que falta pragmatismo à muitas pessoas de RH. Boa parte dos que atuam na área são psicólogos – também sou psicólogo- com uma visão excessivamente romantizada do mundo corporativo.
A maneira de expor situações e lidar com problemas, por exemplo, costuma ser muito pouco baseada em objetividade. Falta visão geral do negócio. Muitos vivem em “silos”, mal fazendo ideia do mecanismo maior no qual estão inseridos, brigando com outros departamentos quando seus procedimentos não são respeitados. Até a linguagem costuma ser tacanha e pouco embasada em dados na hora das reuniões.
Quer um exemplo? Pergunte a seus colegas da área de RH o que é ROI? Você sabe? E o perfil do cliente de sua empresa, está claro para você? Você entende o “negócio da empresa”, sabe realmente como funciona uma organização ou apenas leu os livros sobre Gestão de Pessoas – excelentes aliás – do Idalberto Chiavenato?
Lidar com gente é um prazer e uma missão. Pessoas não são números e a subjetividade humana jamais poderá ser traduzida em gráficos e equações.
Mas isto não pode ser desculpa para uma abordagem menos objetiva ou menos “matemática”.
Nós não trabalhamos simplesmente para alegrar as pessoas. Pelo menos não deveríamos. Trabalhamos para que exista produtividade. As empresas que nos contratam existem para lucrar e crescer oferecendo valor ao cliente.
É preciso calcular, medir, controlar, inserir números no dia a dia da gestão. O homem foi à lua há quase 50 anos e hoje temos computadores minúsculos que nos permitem fazer praticamente qualquer coisa. Será que é demais pedir que os benefícios de um programa de treinamento sejam objetivamente medidos?

Contraponto

Com todo respeito à você que é de RH, a crítica não cabe a todos, e também não é para ofender. É para provocar, instigar e gerar movimento em torno de uma atuação estratégica mais prática. Todos tem um lindo discurso sobre o famoso RH estratégico, mas quase nunca este discurso passa a fazer parte de comportamentos observáveis no cotidiano. Qual a razão?
Então fica aqui meu convite. Não para o comum e corriqueiro, não para dizermos uns aos outros como somos importantes. Meu convite é para o contraponto, para a autocrítica, para apontarmos o dedo em nossa direção e nos perguntarmos, sem defesas ou vaidades, se estamos realmente nos comportando como pessoas dignas de serem consideradas estratégicas no mundo empresarial.
Não desejo um RH frio e sem humanidade, apenas sonho com o dia em que realmente sejamos tratados como pessoas que claramente agregam valor ao negócio. Porque até hoje, é preciso reconhecer, muitos de nós sentem imensa dificuldade ao tentar explicar claramente como fazemos isto.
Desejo à você um soberbo 2014, espero que nosso portal possa contribuir muito para seu crescimento, e gostaria de ouvir abertamente sua opinião e suas críticas sobre a maneira como enxergo as coisas.
Um grande abraço.
Fonte http://recursosehumanos.com.br/artigo/competencias-recursos-humanos/?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=3836cd4a54-Recursos_E_Humanos_13_01_2014&utm_medium=email&utm_term=0_651183821a-3836cd4a54-106172596

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