sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Gestão de pessoas não é física quântica. Simplifique!

gestao-de-pessoas-culturaPor favor, leia o trecho abaixo:
“O Self Organizacional situa-se no ponto central do núcleo da cultura de uma organização, representando a interface entre os sistemas consciente e inconsciente e servindo como regulador da totalidade da cultura. Assim, a repetida interação entre as pessoas propicia, ao longo do tempo, a cristalização de um conjunto de atitudes que, atuando em nível consciente – e muitas vezes, inconsciente, formatam o self da respectiva organização e a própria forma como o trabalho deve ser organizado”.
O trecho acima foi retirado de uma apostila de MBA em Gestão de Pessoas de uma das mais renomadas instituições de educação deste país. Agora eu te pergunto: Tem jeito de complicar mais?
Tem, mas você vai precisar de um filósofo existencialista.
Trabalho há dez anos com RH. Por cinco anos atuei dentro de multinacionais e durante outros cinco prestei consultoria para empresas de diferentes portes. A história é sempre a mesma: as pessoas complicam o simples.
Gestão de pessoas não é física quântica. Hoje em dia existe tanto instrumento de avaliação com nome modernoso, tantos programas de motivação transcendentais, tantos gráficos com siglas estranhas e tanta elaboração “teórico-psico-pseudo-intervencionista”, que o sujeito não sabe se está gerenciando pessoas ou promovendo um reality show baseado em livros acadêmicos.
Quando presto consultoria para empresas que desejam reestruturar seus departamentos de RH ou melhorar o desempenho das pessoas, basicamente me foco nos seguintes aspectos:
1- Definir com clareza e simplicidade os resultados desejados; (mensuráveis ou verificáveis)
2- Identificar o que precisa ser feito para que os resultados aconteçam;
3- Definir como as pessoas devem ser comportar para fazer o que precisa ser feito;
4- Comunicar as pessoas claramente sobre os resultados esperados e os comportamentos necessários para alcançá-los;
5- Acompanhar o cotidiano e influenciar, estimulando os comportamentos adequados e desestimulando os inadequados.
Pode me chamar de behaviorista (o que é um elogio), mas eu garanto a você que se conseguir executar estes simples passos de maneira objetiva e consistente, vai perceber mudanças muito mais efetivas do que se ficar criando programas complexos com nomes bonitos que supostamente atinjam a subjetividade coletiva.
Tenho um tio no interior de Minas que abriu uma empresa há 15 anos e hoje é um empresário muito bem sucedido. Começou pequeno e agora conta com mais de 40 empregados e um excelente faturamento anual. Pedi a ele para ler o trecho citado no início deste texto. Não entendeu nada.
Enquanto intelectuais e acadêmicos bolam suas teorias geniais e dissecam os “segredos” da cultura organizacional, empresários com 2º grau constroem empresas de sucesso através de ações objetivas, pragmáticas e simples.
Antes que algum doutor me crucifique: Existe sim, muito valor em abordagens acadêmicas que se proponham a conhecer os mecanismos por trás do sucesso das empresas, mas em minha humilde opinião, estes estudos não precisam dar ensejo a postulações tão rebuscadas quanto o exemplo citado.  Não é prático e é excessivamente teorizado. Complicar é mais fácil do que simplificar, mas não devia ser.
Se você gerencia pessoas ou é um empresário responsável por fazer sua empresa crescer, minha sugestão é que – com ou sem a ajuda de um consultor –  identifique o que deve ser feito, traduza isso em termos de comportamentos observáveis, comunique as pessoas sobre estes comportamentos e acompanhe o cotidiano para garantir que sejam colocados em prática.
Simples assim.
Fonte http://recursosehumanos.com.br/artigo/gestao-de-pessoas-cultura/?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=3836cd4a54-Recursos_E_Humanos_13_01_2014&utm_medium=email&utm_term=0_651183821a-3836cd4a54-106172596

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