sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Funeral de Mandela é quebra-cabeça logístico e de segurança

"Todos os semáforos estão verdes, seguimos um programa que foi estabelecido há três ou quatro anos", assegura ministra da Defesa da África do Sul


Nelson Mandela
Nelson Mandela: autoridades se preparam de fato há anos para a partida do herói da luta contra o apartheid e primeiro presidente negro do país
Cerca de cem líderes estrangeiros, um grande número de anônimos e a série de cerimônias até o enterro em um pequeno vilarejo rural fazem com que o funeral de Nelson Mandelarepresente um grande desafio logístico e de segurança para a África do Sul.
"Todos os semáforos estão verdes, seguimos um programa que foi estabelecido há três ou quatro anos", assegura a ministra da Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, citada pela agência de notícias Sapa.
As autoridades se preparam de fato há anos para a partida do herói da luta contra o apartheid e primeiro presidente negro do país, falecido quinta-feira aos 95 anos após um longo calvário.
Elas apresentaram rapidamente o programa da semana de luto nacional com três momentos de destaque: uma homenagem oficial na terça-feira em Johannesburgo, a exposição ao público do corpo em Pretória entre quarta e sexta-feira, e o funeral domingo em Qunu (sul), aldeia onde passou a infância.
Em um país marcado por um índice de criminalidade recorde, com 45 homicídios por dia, o governo tem prestado atenção especial à segurança.
A coordenação foi confiada a um "centro de operações conjuntas", uma estrutura dirigida pela polícia em parceria com o Exército - que mobiliza 11.000 militares para o evento - e os ministérios envolvidos.
Sua primeira missão: proteger os líderes estrangeiros, incluindo cerca de 100 chefes de Estado e de Governo (Barack Obama, Dilma Rousseff, François Hollande, David Cameron...), mas também artistas (Bono), empresários (Richard Branson)...
"Receber tantos chefes de Estado não é um quebra-cabeça: temos experiência e vamos trabalhar em conjunto com os serviços de segurança", declarou à AFP o porta-voz da polícia, Solomon Makgale.
A embaixada dos Estados Unidos corroborou o discurso, explicando que tem "trabalhado em estreita colaboração" com os serviços sul-africanos. "Como o presidente Obama já veio à África do Sul, há cinco meses, conhecemos muito bem os nossos colegas", acrescentou Jack Hillmeyer, porta-voz da embaixada.

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