
Você já deve ter visto esta situação em sua empresa: um profissional ou consultor, que supostamente é o especialista em determinado tema, responde a todas as questões sem hesitar, reforçando sua posição de domínio do assunto. No entanto, em algum momento alguém descobre que algumas das informações não eram corretas e afetaram importantes decisões, soterrando a credibilidade do profissional.
Agora se pergunte: “Esse cara sou eu?”. Como você age quando não tem uma resposta clara a uma questão? Tenta se virar para parecer que sabe ou admite a ignorância naquela pergunta específica?
Quando somos supostamente “especialistas” em algum tema, podemos nos sentir na obrigação de dar respostas a tudo. No entanto, nos esquecemos de algo muito importante: em 99% dos casos, a expectativa do outro não é que você tenha a resposta na ponta da língua. A expectativa é ter uma resposta sincera com o melhor conhecimento disponível, para que possa tomar decisões adequadas com as informações.
Portanto, admitir que você não sabe algo transmite credibilidade. Com esta sinceridade e transparência, o ouvinte passa a acreditar que você não o está enrolando. O efeito secundário é ainda mais positivo: ele passa a confiar ainda mais naquilo que você diz que sabe.
Ninguém gosta de um sabe-tudo. Nem você, certamente (então não seja um). Especialmente quando fica claro que há mais enrolação do que conhecimento. É muito fácil identificar este perfil nas pessoas, e infelizmente a comunicação corporativa (mais conhecida como rádio-peão) se encarregará rapidamente de categorizar o profissional como falastrão.
Ao admitir a ignorância, o ideal é transformar o “eu não sei” em uma oportunidade, com uma série de ações para adquirir o conhecimento necessário. Ou seja, “eu não sei, mas podemos consultar fulano, pesquisar em tal lugar, etc”. Isto sim gera credibilidade profissional: ter iniciativa para resolver lacunas de informação e ajudar na tomada de decisão de forma proativa. Esta característica é ordens de grandeza mais importante do que ter a resposta na ponta da língua.
Tire o peso da resposta rápida de suas costas, aprenda a admitir que não sabe algo, e aí sim você será uma fonte de conhecimento confiável.
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