O presidente da operadora logística JSL, Fernando Simões, afirmou há pouco que a companhia estuda participar do Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado pelo governo federal, na semana passada. O executivo acredita que a iniciativa, embora tardia, traz impactos positivos imediatos no curto e no médio prazo para o desenvolvimento do mercado brasileiro e, principalmente, no setor logístico.
"É lógico que a gente olha uma oportunidade como essa", disse Simões. "Estamos acompanhando com bastante atenção e vendo onde podemos participar", completou.
Simões destacou que o pacote de logística tem um cronograma bem definido e foi elaborado de forma bastante completa, incluindo o detalhamento de qual será a origem dos recursos. Além disso, o executivo ressaltou que o governo também explicou como as concessões serão operadas posteriormente.
O diretor-geral do Instituto ILOS, Paulo Fernando Fleury, afirmou que muitos empresários estão criticando o estabelecimento de um limite de 6% de taxa de retorno para as novas concessões.
"No Brasil os empresários estão acostumados a ter um retorno de 15%", disse Fleury. "Dependendo do projeto [a taxa de retorno] tem que ser diferente, porque o risco também é."
Simões ressaltou que os empresários precisam entender os detalhes do pacote do governo, para depois poder opinar com mais exatidão. O executivo da JSL também disse que, além dos benefícios para o setor de logística, a iniciativa do governo também vai contribuir com emprego e renda na construção das estruturas.
"O Brasil precisa dessa integração há muito tempo. Estamos atrasados nisso", disse Simões. "Vai dar oportunidade para todas as empresas de logística", completou.
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