domingo, 1 de julho de 2012

Google+ faz um ano com 250 milhões de usuários e estreia aplicativo para tablets


Rede social ainda está longe de ter popularidade do Facebook, mas mudanças na interface e novos recursos aumentam acessos de novos usuários pela web e dispositivos móveis

Depois dos anúncios do tablet Nexus 7 e da nova versão do Android, Vic Gundotra, vice-presidente sênior do Google, subiu ao palco do Google I/O - conferência para desenvolvedores realizada em San Francisco (EUA) - para contar ao mundo que 250 milhões de pessoas estão cadastradas na rede social Google+. E desse total, 150 milhões, são usuárias ativas da rede social, ou seja, acessaram o site pelo menos uma vez no último mês.
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Mudanças na interface do Google+ contribuem para crescimento do número de usuários
Com os números, Gundotra queria provar que o Google+ não é uma "cidade fantasma", como foi chamada por muitos durante este primeiro ano. "O usuário médio gasta 12 minutos conectado ao stream", disse Gundotra. Ele revelou, ainda, que cerca de 75 milhões de usuários do Google+ acessam o site todos os dias, metade por meio de dispositivos móveis. Em média, eles passam 12 minutos por dia conectados ao site. Foi a primeira vez que o Google revelou dados detalhados sobre os usuários do Google+.
Você acha que o Google+ tem chance na guerra contra o Facebook? Deixe seu comentário no fim desta página
Contudo, apesar das estatísticas de acesso e do discurso, a impressão de que a rede social avança em marcha lenta continua viva entre os usuários. "Acesso o Google+ diariamente, mas tenho poucos amigos lá, a maior parte dos amigos está no Facebook mesmo", diz o jornalista Alexandre Ciszewiski, 24 anos, morador de São Paulo (SP). Atualmente, ele possui 75 pessoas em seus círculos, enquanto no Facebook mantém 682 amigos.
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Gráfico mostra altos e baixos da participação de mercado do Google+ no mercado brasileiro
No Brasil, um dos países onde as redes sociais tem maior alcance entre os internautas, o Google+ ainda engatinha. De acordo com dados da consultoria Experian Hitwise, referentes a maio de 2012, a rede social do Google detém apenas 0,89% de todas as visitas a sites de redes sociais no País. O Facebook, rede social mais popular atualmente no Brasil, ficou com 47% de todas as visitas a sites de redes sociais no período.
"Não dá para comparar com o Facebook, Orkut e YouTube, mas o Google+ já conseguiu superar sites importantes, como LinkedIn e Tumblr, no Brasil", disse Wladimir Chagas, gerente da Experian Hitwise, ao iG. Os números da consultoria correspondem a uma amostra de 500 mil pessoas de todas as regiões do Brasil. "As visitas ao Google+ oscilaram muito neste primeiro ano, não é uma trajetória de crescimento sempre ascendente como a do Facebook", diz Chagas.
Nova interface agrada
Apesar de ainda ter uma pequena parcela das visitas a redes sociais no Brasil, o Google+ aumentou sua audiência em 37% entre setembro de 2011 (quando o site abriu ao público em geral) e maio de 2012. A rede social enfrentou algumas quedas na participação durante alguns meses neste período, mas entre abril e maio de 2012 se recuperou e aumentou sua participação em 48%, saindo de 0,6% para 0,89% da audiência das redes sociais.
O motivo do maior crescimento da audiência de um mês para o outro desde o lançamento da rede social é claro: as mudanças na interface do Google+ agradaram os usuários. Em abril, o Google adicionou uma barra na lateral esquerda do stream para navegação. O stream também passou a exibir fotos e vídeos em tamanho maior - uma mudança depois adotada também pelo Facebook, inclusive em sua versão móvel.
O recurso Hangout, um dos carros-chefes do Google+, também ganhou uma página específica que concentra transmissões de eventos e videoconferências públicas publicadas pelos usuários. Ao fazer Hangouts, os usuários da rede podem conversar por vídeo com vários amigos ao mesmo tempo.
Em maio, o Google também anunciou a nova versão do aplicativo da rede social para iPhone e Android - meio pelo qual cerca 50% dos usuários que acessam a rede todos os dias se conectam com os amigos. "Nos dois casos optamos por recursos nativos (com a navegação por gestos, mídia em tela cheia e vídeo cara a cara) e isto teve um impacto poderoso no engajamento da comunidade", diz Gundotra, no blog oficial do Google.
Mais presença móvel
Para aumentar a audiência por meio de dispositivos móveis, o Google lançou, durante o Google I/O, o primeiro aplicativo da rede social para tablets com sistema operacional Android. O novo aplicativo, segundo o Google, foi desenvolvido especificamente para tablets e traz novidades como um stream que organiza o conteúdo por tipo de atividade e orientação do dispositivo, hangouts mais informais, e textos e fotos mais nítidas.
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Google+ ganha aplicativo para tablets no primeiro aniversário
O aplicativo, contudo, ainda não está disponível para usuários de tablets com o sistema operacional iOS, usado pelo iPad (Apple). Segundo o Google, o aplicativo chegará a esta plataforma em breve.
O Google também anunciou uma nova ferramenta para criação de eventos, que permite customizar a página, com temas, vídeos do YouTube e animações. Como a rede social funciona integrada com outros produtos do Google, os eventos são adicionados na agenda assim que são aceitos pelos convidados.
O destaque fica por conta do "modo balada", que adiciona automaticamente as fotos tiradas com o smartphone na página do evento. As fotos ficam na página em ordem cronológica para visitas posteriores à data.
Futuro incerto
Ainda não se sabe qual será o futuro do Google+, mas ao que parece o Google está, pouco a pouco, ajustando sua estratégia para redes sociais. A empresa já experimentou diversos fracassos nessa área, como o lançamento doGoogle Buzz (espécie de Twitter integrado ao Gmail) e do Google Wave.
Com os números impressionantes alcançados pelo Facebook em oito anos - quase 1 bilhão de usuários - levará algum tempo até que a rede social do Google se torne uma ameaça a Mark Zuckerberg, CEO e fundador do Facebook.

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