No galpão da Contain[it], nos arredores de São Paulo, velhos contêineres descartados pelas companhias marítimas ganham um banho de tecnologia e design e viram quiosques, bares e até galerias múltiplas de grande mobilidade. A empresa, fundada em 2010, faturou R$ 1,5 milhão no ano passado
Por Flávia Pinho
“Sou amigo de infância do Antônio Carlos, um dos sócios do escritório de design e arquitetura Studio Superlimão, e sempre imaginamos maneiras de adaptar o estilo deles para um produto em escala. A solução veio na forma dos contêineres, ideia explorada há muito tempo no exterior, mas ainda pouco conhecida no Brasil. No primeiro semestre de 2010, eu e os cinco sócios do Superlimão elaboramos um business plan e saímos a campo para vender a ideia de porta em porta. De cara, chamamos a atenção da Ambev. Fizemos um lote piloto de quatro contêineres, transformados em bares itinerantes da Brahma, que começaram a rodar o país em junho de 2011. Deu tão certo que, no mesmo ano, reforçamos a estrutura administrativa para atender outros clientes. Recebemos mais encomendas da Ambev e construímos uma galeria de exposições para o festival de música SWU, composta de oito contêineres. Agora, estamos criando um projeto para a confeitaria Cristallo. O nosso trabalho começa nos portos, onde compramos contêineres usados. Em nosso galpão de 700 m², no município de Cotia (SP), as peças são reformadas — o Superlimão assina os projetos — e tratadas com as mais modernas soluções tecnológicas. Depois, um soft¬ware desenvolvido pela Nasa testa a eficiência técnica, inclusive o nível de conforto térmico. O investimento inicial foi de R$ 2 milhões. Para 2012, esperamos um crescimento de 200%.”
CONTAIN[IT] |
QUEM SÃO: os amigos de infância Arthur Norgren (à dir.), 27 anos, e Antônio Carlos de Mello, 28, sócios na empresa O QUE FAZEM: transformam contêineres marítimos em estabelecimentos comerciais móveis |
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