Com o Dia Mundial de Combate a Hanseníase, lembrado sempre no último domingo de janeiro, o Núcleo de Controle da Hanseníase, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) aproveita para alertar à população sobre a cadeia de transmissão da doença e informar da importância em buscar e divulgar informações sobre os sinais, sintomas, tratamentos e, sobretudo, a busca do diagnóstico precoce.
Em 2011, foram registrados 108 casos novos da doença, onde 11% apresentavam alguma incapacidade física, como mãos em garra, pé caído e olhos que não fecham. “Isso significam que essas pessoas ficarão impossibilitadas de trabalhar por conta disso, diminuindo a produção do Estado”, frisou a gerente em exercício do Núcleo, Dilma Moreira.
Conforme a gerente, todos os casos da doença têm tratamento e cura, mas a queda nas atividades de detecção de casos em Roraima tem reduzido bastante, provocando uma cadeia aberta para a transmissão. “Com o diagnóstico tardio da doença, principalmente em pessoas com alguma alteração física, aumenta o risco da população adoecer de hanseníase”, explicou.
A hanseníase é uma doença que atinge os nervos e a pele, e uma vez lesionados não voltam mais. Portanto, a melhor forma de evitar é a prevenção. Procurar conhecer os sinais e sintomas, além de observar se existe alguma alteração de sensibilidade na pele, para isso, ir ao posto de saúde para ser examinado é crucial.
Os contatos, que são pessoas que convivem com pacientes que estejam ou não em tratamento, precisam também passar por exames. De acordo com o Sistema de Informação Nacional de Agravos e Notificações (SinanNet), de 393 contatos registrados ano passado, 145 iniciaram o tratamento de hanseníase, ou seja, 36,9% das pessoas foram contaminadas por falta de informação e cuidado.
Dilma ressaltou sobre o constante trabalho para aumentar a detecção da doença nos municípios. “Devido à rotatividade de médicos na região, programamos diversas capacitações para profissionais da saúde da família este ano”, garantiu. Ano passado, o Núcleo promoveu uma série de atualizações para enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e bioquímicos.
RORAIMA
Tradicionalmente Roraima realiza a campanha em março. A programação é de uma semana, com informativos, panfletos, cartazes disponibilizados a todos os municípios.
Fonte: http://www.bvnews.com.br/cotidiano11139.html
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