quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Caminhões cada vez mais eficientes


Foi-se o tempo que um veículo de carga pesada tinha que ser apenas “bom de estrada”. A preocupação com o desenvolvimento sustentável do setor logístico tem mudado a visão de quem compra e de quem produz caminhões.
Uma montadora que coloca no mercado um caminhão que não oferece redução no consumo de combustível pode estar dando um tiro no pé. Afinal, qual empresa prefere gastar mais em combustível quando há uma alternativa mais econômica no mercado? Mesmo, as empresas e os motoristas fieis a marcas tradicionais já estão se convencendo que os requisitos estabelecidos pela sustentabilidade também beneficiam os custos e a produtividade do transporte.
É justamente a partir desse ponto que as montadores estão partindo: veículos econômicos. Nessa conta, inclui-se custo com manutenção, consumo de combustível, durabilidade de pneus, design, conforto e, principalmente, segurança.
Talvez seja por isso que os fabricantes também estejam investindo no aperfeiçoamento do processo produtivo. O novo caminhão médio da Iveco, o Vertis HD (até 15 toneladas), exigiu dois anos de planejamento e desenvolvimento de toda sua estrutura antes de entrar em produção. Segundo a montadora, foram destinadas 100 mil horas para desenvolver todos os componentes do Vertis HD.
Outro item que preocupa as montadoras é possibilidade de conciliar economia e potência. Não basta ser “verde” e bom de bolso se não for também produtivo. No caso do Vertis HD (9 toneladas), por exemplo, testes comparativos de 100 mil km mostraram que o modelo é 11% mais econômico do que os concorrentes diretos e, ao mesmo tempo, tem 10% mais potência e 7,6% mais torque do que a motorização anterior da Iveco.
Excessos de ruídos também estão fora da lista dos caminhões eficientes. Tanto internamente quanto externamente, os veículos de carga precisam ser cada vez mais silenciosos. Pensando nisso, a Iveco desenvolveu um novo sistema de suspensão da cabine, com quatro pontos de fixação. Segundo a empresa, a suspensão primária também recebeu novas molas, amortecedores e suportes, além de uma nova barra estabilizadora, tudo para reduzir o volume de ruídos.
O conforto dos motoristas também se tornou prioridade e estratégia entre as montadoras. A cabine do novo modelo extrapesado da Ford (até 56 toneladas) foi desenhado para atender as necessidades dos consumidores dessa aplicação. De acordo com Antônio de Lucca, engenheiro-chefe de caminhões da Ford América do Sul, a nova cabine possui características de conforto, isolamento acústico, suspensão e precisão dos comandos. O objetivo da montadora é garantir ao caminhoneiro funcionalidade, ergonomia e eficiência aerodinâmica.
Embora essas iniciativas ainda não contemplem todos os impactados negativos que o transporte de carga geram ao meio ambiente ao menos mostram uma indústria caminhando para isso.
Mauricio Miranda
IMAM
Fonte:  http://www.imam.com.br/revistaintralogistica/logistica-sustentavel

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