quarta-feira, 19 de agosto de 2015

3 regras para dizer “bom trabalho” aos seus funcionários

* por Paul Petrone
Dizer a seus funcionários “bom trabalho” pode torná-lo rico.
Basta perguntar a Quintiles.
Quintiles, empresa na lista da Fortune 500 e maior fornecedor mundial de serviços biofarmacêuticos, recentemente reduziu seu turnover em 50%, o que fez a empresa economizar milhões de dólares. Como?
Eles criaram uma forma melhor de dizer a seus empregados “bom trabalho”.
Resumidamente, eles tornaram o reconhecimento do empregado no foco de sua organização, na esperança de aumentar a moral dos colaboradores e reduzir a rotatividade. Eles estipularam um orçamento de aproximadamente US$ 100 por funcionário por ano para gastar em reconhecimento, e valeu muito a pena.
Apesar de ter um orçamento, eles não usaram as recompensas em dinheiro para ajudar no reconhecimento do empregado. Em vez disso, eles usaram mensagens na intranet,newsletters e incentivaram gestores a darem elogios aos seus empregados regularmente, todos estes esforços serviram para diminuir a nivelação entre as pessoas (e o conhecimento institucional) e tornar a empresa um lugar melhor para trabalhar.

Dito isto, reconhecimento do empregado é como qualquer coisa – há um jeito certo e um jeito errado de fazer isso. Como fazê-lo bem? Siga estas três regras:
Como dizer “bom trabalho” aos seus funcionários
Regra 1: Incentivar Esforço, Não Habilidade
A regra mais importante de todas. Quando alguém faz um ótimo trabalho em uma apresentação, por exemplo, a reação natural é dizer “essa pessoa é um grande orador.” Mas isso é exatamente a coisa errada a dizer.
Existem dezenas de estudos sobre este assunto (admito, a maioria foi feito para crianças, mas ainda é aplicável) e o que os pesquisadores descobriram é que quando as habilidades são elogiadas demais, a pessoa geralmente começa a acreditar muito em sua própria habilidade. Assim, no exemplo usado acima, se é dito aos empregados que eles são bons oradores, eles vão pensar que são realmente grandes oradores.
O resultado disso? Eles começarão a colocar menos esforços em sua próxima apresentação, acreditando que eles serão capazes de se darem bem na reunião, porque eles “tem o dom” de falar em público. Com isso, muito provavelmente, sua habilidade de falar em público será prejudicada.
No exemplo acima, a coisa correta a fazer é elogiar o esforço da pessoa. Diga algo como: “Eu sei que você deu duro e fez um bom trabalho na apresentação, e isto foi notado.”
O resultado disto é que o empregado irá associar seu sucesso ao trabalho duro que ele colocou na apresentação, ao contrário de alguma habilidade inata que não merece destaque. Eles vão continuar a trabalhar duro em apresentações no futuro, porque eles acreditam que o trabalho é a chave para o sucesso, não a sua habilidade.
Regra 2: Reconhecimento e dinheiro não se misturam
Quintiles foi inteligente ao não dar dinheiro como parte do reconhecimento. Por que não? Basta perguntar a Hewlett Packard.
Na década de 1990, a HP testou modelos de pagamento por desempenho – essencialmente, recompensar os funcionários pelo bom trabalho com o dinheiro – em 13 de suas unidades de negócios. Todas as 13 tiveram experiência semelhante: os empregados adoraram a princípio, depois ficaram muito competitivos e começaram a brigar entre si em menos de três anos.
O que aconteceu foi que, após um período de lua de mel inicial, o trabalho em equipe não funcionava mais, o número de reclamações subiu e os gerentes passaram mais tempo ajustando o sistema de recompensa em dinheiro do que realmente gerindo os empregados. Quando as unidades finalmente mudaram o sistema, o moral melhorou drasticamente quase da noite para o dia.
Funcionários felizes não são motivados unicamente por dinheiro, pois um sistema de recompensa financeira coloca toda a ênfase no dinheiro, e isso mantém o empregado longe da satisfação que poderia ter a partir do próprio trabalho. Sim, os funcionários mais fortes devem ser recompensados ​​no final do ano com salários mais altos, mas pequenos bônus em dinheiro ao longo do caminho fazem com que tudo gire em torno do dinheiro, ao invés de ser apenas sobre fazer um ótimo trabalho.
Regra 3: Se você for elogiar, deve também criticar
Um monte de gente acha que reconhecer o empregado é dizer aos funcionários que eles fizeram um ótimo trabalho. Mas isso não vai funcionar por si só, e se os funcionários ouvirem só isso, logo cairá no esquecimento.
Em vez disso, se você for honesto com seus empregados, ele irão muito mais longe. Claro, seja inteligente e siga sempre a regra, “elogie em público, critique em particular.”
O que fazer para a crítica ser eficaz? Primeiro, certifique-se de que ela é construtiva e que diz respeito ao trabalho, e não algo pessoal (como “sorrir mais”). E deve haver uma meta ligada à crítica, para que o empregado possa fazer o seu melhor para alcançá-la.
Por exemplo, imagine um empregado que comete erros com frequência nos seus relatórios. O primeiro passo é dizer-lhe o problema e, em seguida, oferecer uma solução temporária – por exemplo; você analisa cuidadosamente cada relatório com o funcionário antes de liberá-los – até que ele possa fazer tudo conforme o padrão correto.
Em seguida, elogiar seu esforço (se houver esforço real), de acordo com o seu progresso de melhoria. Finalmente, uma vez que ele se provar capaz, diga que você confia nele e que você não vai mais analisar cada relatório com ele antes de serem liberados.
Naquele dia, o empregado vai se sentir muito orgulhoso de sua realização.
Em resumo, os elogios são muito importantes. Mas se nunca há qualquer crítica, os elogios se tornam inúteis. Em vez disso, a melhor maneira de reconhecer os empregados é dar-lhes uma visão honesta de seu trabalho, e não uma superestimada.
Fonte http://www.sobreadministracao.com/como-dizer-bom-trabalho-aos-seus-funcionarios/

Nenhum comentário:

Postar um comentário