Há muitas teorias sobre o comportamento humano. Da Teoria DISC à Psicologia de Jung, muitas e muitas empresas têm inibido talentos, rotulando seus colaboradores com base em análises, que nem sempre (ou quase nunca) dizem respeito à realidade do que eles são. Não fosse assim, não haveriam tantos maníacos, psicopatas que estavam presos e foram soltos por laudos psiquiátricos e psicológicos.
Além das falhas das próprias teorias, você não vai ouvir de um psicopata que ele é um, ou, não conseguirá através de um teste psicológico dar um laudo de sua sanidade mental, afinal, ele consegue manipular até quem o analisa.
Mas não é de psicopatas e maníacos que falamos, mas sim, de profissionais.
Não rotule seus colaboradores, seja para contratá-los, demiti-los ou promovê-los, usando apenas testes psicológicos, teorias arcaicas ou “modernas” de análise comportamental. Se fizer isso, vai perder muita gente boa e contratar ou promover muita gente ruim, pois o mau caráter sabe como preencher um teste para que este apresente o que lhe deixará bem na prova.
Os testes não levam em conta o estado emocional atual da pessoa, não avaliam sua história de vida, tampouco perguntam os motivos que o fazem ter determinados comportamentos. Por exemplo: se você faz um teste com alguém que perdeu o pai na semana passada, e pedir para que ele anote, na teoria DISC, se é uma pessoa animada, é óbvio que ela marcará NÃO. Se perguntar para alguém que foi demitido por ter dado ideias diferentes, mesmo que melhores que as do chefe, se ela é uma pessoa audaciosa, provavelmente ela vai marcar que NÃO, afinal, perdeu seu emprego por ter sido assim. Se perguntar a alguém que perdeu a promoção na empresa anterior por não ser comunicativo, claro que ele vai marcar que é comunicativo no novo teste.
Sim, os testes são úteis, mas, devem fazer parte do processo seletivo, demitivo ou promotivo, e não a única ferramenta. As teorias, todas, repetidamente são desbancadas. Já pensamos que a Terra fosse quadrada, que as doenças, todas elas, advinham de sangue ruim, que o cérebro não tinha plasticidade. Portanto, quando se fala de ser humano, tudo é imprevisível.
Nada melhor do que o contato, o “cara a cara”, olho no olho, e, claro, o teste da experiência, de comparar os resultados…
Se você, diretor, empresário, entrevistador, tem convicção de que uma pessoa é boa para o trabalho que você quer que ela faça, seja para a liderança de equipes ou qualquer outro cargo, pode fazer seus testes psicológicos, de personalidade, mas, siga sua intuição também e, pelo menos, teste a pessoa. Se ela não der conta do recado, o custo é quase sempre menor do que levar em consideração apenas as teorias, pois, normalmente, para fazê-las as empresas gastam fortunas, e, talvez,por isso mesmo, por terem gastado muito, querem usá-las, mesmo que não deem certo, e sirvam apenas para massagear o ego e o orgulho ferido de quem autorizou o gasto.
Veja: dizem que para ser líder a pessoa tem que ser um exemplo. Hittler liderou milhões de pessoas, mas, você há de convir comigo que não era exemplo de ser humano para nenhum de nós não nazistas. Bonaparte desbravou o mundo com sua liderança, porém, matou milhares de seres humanos. Artistas lideram multidões de jovens e adultos, mesmo tendo sido drogados e dando um péssimo exemplo a toda uma juventude. Certamente todos estes passaram em qualquer teste teórico de liderança. O problema é que a empresa que os contratasse veria sua equipe guerreando com uma arma na mão direita, e com um “baseado” na mão esquerda.
E você, que foi reprovado num teste desses, continue firme, pois quem melhor conhece você do que sua consciência? Se você sabe que tem condições de liderar, que tem uma visão holística, que é inspirador, não deixe que um teste qualquer tire seu brilho. Corrija o que perceber fazer sentido e que está errado, e siga iluminando o mundo com sua presença.
Forte abraço, fique com Deus, sucesso e felicidades sempre!
Fonte: http://ogerente.com.br/rede/recursos-humanos/comportamento-humano-empresas/?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=8f3006cf2d-Rede_O_Gerente_09_11_2012&utm_medium=email
Nenhum comentário:
Postar um comentário