Entenda por que o investimento da sua empresa em treinamento e desenvolvimento precisa ser contínuo e focado em criar um diferencial competitivo
Quando a crise bate à porta das empresas, a frase mais comum a ser dita pela direção é "precisamos apertar os cintos". Qualquer funcionário entende o que está por trás da frase: redução de quadros e menos verbas em todas as áreas, desde o cafezinho da copa até as ações de treinamento e desenvolvimento.
É uma reação comum das empresas quando a economia vai mal ou quando o próprio negócio encontra dificuldades em balancear outras forças competitivas. Em 2018, praticamente todos os indicadores elencados no Panorama do T&D no Brasil apresentaram retração.
O resumo é simples: diante do menor sinal de crise, o que é visto como supérfluo é cortado pela raiz. E é comum que diretorias e conselhos enxerguem o desenvolvimento profissional dos seus colaboradores como algo dispensável.
Aqui, mostraremos por que essa atitude é equivocada e quais as melhores práticas que as empresas podem adotar para garantir que os programas de T&D atinjam seus objetivos.
Na crise, informação e inteligência turbinam a competitividade
Uma das maiores vantagens de ter uma política de treinamento e desenvolvimento é a construção do capital intelectual da empresa e redução da rotatividade de funcionários capacitados. É possível reverter perdas financeiras dentro do mesmo ano fiscal; perdas intelectuais só podem ser repostas às custas de gastos significativos de tempo e dinheiro.
Pense em um processo complexo no seu negócio que depende de um ou poucos funcionários; imagine quanto tempo demorou para ele aprender a manusear determinado software. Ou perceba como seria difícil substituir um líder de equipe estimado pelos seus subordinados e pares.
Um profissional desenvolvido dentro da companhia tende a aplicar todo o conhecimento e habilidades acumulados para que os objetivos estratégicos do negócio sejam alcançados e superados. Isso faz com que a capacitação pese como diferencial competitivo: empresas com mais conhecimento acumulado são mais adaptáveis e aproveitam melhor as oportunidades.
Na crise, essa capacidade é crucial. Portanto, na hora de fazer sacrifícios fiscais, não veja a área de T&D como um excesso, mas como um investimento que pode evitar que a organização afunde durante a crise e se destaque à frente da concorrência quando a turbulência passar.
T&D não se faz com sobras
O investimento das empresas brasileiras em T&D é de apenas 1,62% da folha de pagamento -- quase três vezes inferior à média das empresas norte-americanas -- que já têm um porte médio sete vezes superior às brasileiras. Várias empresas evitam investir até no desenvolvimento profissional dos próprios líderes.
Quando se trata de negócios, quase nunca há folga financeira. Ora é culpa da crise, ora a empresa planeja uma expansão mais ousada, ora investe em novos produtos, serviços e experiências para o cliente. O que resta é aplicado em palestras motivacionais e carimbado como despesa de capacitação.
T&D deve ser uma política permanente da empresa, inclusive com previsão orçamentária anual. Além de ser uma maneira de atrair os melhores talentos do mercado, sustentar o investimento em desenvolvimento de pessoas é uma forma de blindar o negócio contra crises e disrupções no mercado.
Para que resultados ótimos sejam obtidos, o importante é focar no longo prazo. Além disso, não se deve prescindir de indicadores de performance para os investimentos em T&D.
Mudanças e crises sempre vão acontecer: você está preparado?
Desde que a humanidade caminha sobre o planeta, disrupções, guerras e crises mudaram os eixos das sociedades e nos forçaram a aprender para superar os desafios. No mundo corporativo não é diferente.
Qualquer pessoa com mais de 50 anos de idade pode enumerar algumas crises econômicas que já enfrentou; funcionários antigos certamente lembram de situações que quase levaram suas organizações ao fundo do poço.
A variável que pode ser decisiva para a sobrevivência do seu negócio durante uma crise é o grau de preparação. Caso sua organização tenha feito o dever de casa e desenvolvido capital intelectual entre os seus colaboradores, ela permanecerá resiliente a qualquer tipo de crise e conseguirá se recuperar mais rápido do que outras companhias do mesmo porte.
Dinheiro em caixa é importante. Mas funcionários que sabem o que fazer em situações extremas e propõem soluções criativas e eficazes valem o seu peso em ouro. Pessoas capacitadas e ligadas umbilicalmente à cultura das empresas devem ser desenvolvidas e atualizadas constantemente.
Hoje, os profissionais e as empresas correm riscos cada vez maiores de se tornarem obsoletos. Diplomas têm um prazo de validade curto e tanto você quanto seu negócio precisam de novas informações e subsídios para enfrentar situações de crise que parecem cada vez mais frequentes. Só existe uma certeza quanto a isso: sem treinamento e desenvolvimento, sua empresa permanecerá vulnerável.
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Fonte https://administradores.com.br/noticias/treinamento-e-desenvolvimento-a-chave-para-superar-a-crise
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