segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Indústria 4.0 ou 4ª Revolução Industrial

As 3 primeiras revoluções industriais chegaram trazendo a produção em massa, as linhas de montagem, a eletricidade e a tecnologia da informação, elevando a renda dos trabalhadores e fazendo da competição tecnológica o centro do desenvolvimento econômico.
A Indústria 4.0 ou 4ª Revolução Industrial é caracterizada por ter um impacto mais profundo e exponencial, e pode ser definida por um conjunto de tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital e biológico.
Foi na edição de 2011 da Feira de Hannover (a maior feira de automação industrial do planeta, realizada anualmente na cidade de Hannover na Alemanha) que o conceito da Indústria 4.0 começou a ser revelado ao público em geral.
A iniciativa, fortemente patrocinada e incentivada pelo governo alemão, em associação com empresas de tecnologia, universidades e centros de pesquisa do país, propõe uma importante mudança de paradigma em relação à maneira como as fábricas operam nos dias de hoje.
O fundamento básico da Industria 4.0 define que conectando máquinas, sistemas e ativos, as empresas poderão criar redes inteligentes ao longo de toda a cadeia de valor que podem controlar os módulos da produção de forma autônoma. Ou seja, as fábricas inteligentes terão a capacidade e autonomia para agendar manutenções, prever falhas nos processos e se adaptar aos requisitos e mudanças não planejadas na produção.

Princípios da Indústria 4.0

Existem seis princípios para o desenvolvimento e implantação da Indústria 4.0 e que irão definir os sistemas inteligentes que tendem a surgir nos próximos anos:
  • Operação em tempo real: é a aquisição e tratamento de dados de forma praticamente instantânea, permitindo a tomada de decisões em tempo real.
  • Virtualização: uma cópia virtual das Fábricas Inteligentes é criada por sensores de dados interconectados (que monitoram processos físicos) com modelos de plantas virtuais e modelos de simulação, permitindo a rastreabilidade e o monitoramento remoto de todos os processos por meio dos inúmeros sensores espalhados ao longo da planta.
  • Descentralização: A tomada de decisões poderá ser feita pelo sistema cyber-físico de acordo com as necessidades da produção em tempo real. Além disso, as máquinas não apenas receberão comandos, mas poderão fornecer informações sobre seu ciclo de trabalho. Desta forma, os módulos das fábricas inteligentes trabalharão de forma descentralizada, a fim de aprimorar os processos de produção.
  • Orientação a serviços: Utilização de arquiteturas de software orientadas a serviços aliado ao conceito de Internet of Services, ou seja,  oferecimento dos serviços (dos sistemas cyber-físicos, humanos ou das Indústrias Inteligentes) através da computação em nuvem.
  • Modularidade: Produção de acordo com a demanda, acoplamento e desacoplamento de módulos na produção. O que oferece flexibilidade para alterar as tarefas das máquinas facilmente.

Como o Brasil está se preparando para a Indústria 4.0?

Segundo artigo publicado no site do Sebrae, escrito por José Rizzo, fundador da Pollux, empresa especialista em automação industrial, o consenso entre os especialistas é de que a indústria nacional ainda está em grande parte na transição do que seria a Indústria 2.0 (caracterizada pela utilização de linhas de montagem e energia elétrica), para a Indústria 3.0 (que aplica automação por meio da eletrônica, robótica e programação).
Segundo ele, para sanar esta defasagem precisaríamos instalar cerca de 165 mil robôs industriais para nos aproximarmos da densidade robótica atual da Alemanha. Para este grandioso feito, precisaremos do empenho de todos os setores envolvidos, como: o Governo (com políticas estratégicas inteligentes, incentivos e fomento), Empreendedores e gestores da indústria (com visão, arrojo e postura proativa) e as Instituições acadêmicas e de pesquisas (com a formação de profissionais e com desenvolvimento tecnológico, preferencialmente em grande proximidade com a indústria).

Quais os principais impactos da Indústria 4.0?


Um dos maiores impactos causados consiste na criação de novos modelos de negócios. Em um mercado cada vez mais exigente, muitas empresas já procuram integrar ao produto necessidades e preferências específicas de cada cliente. A customização prévia do produto por parte dos consumidores tende a ser uma variável a mais no processo de manufatura, mas as fábricas inteligentes serão capazes de levar a personalização de cada cliente em consideração, se adaptando às preferências.
Um outro ponto que será fortemente abalado pela 4ª Revolução Industrial será a pesquisa e desenvolvimento nos campos de segurança em T.I. A tecnologia deverá se desenvolver continuamente para tornar viável a adaptação de empresas a este novo padrão de indústria que está surgindo.
Não deixe de comentar caso você possua mais alguma informação interessante a acrescentar sobre a Industria 4.0, ok?
Até a próxima! 😉
Fonte http://www.sobreadministracao.com/industria-4-0-4-revolucao-industrial/

Nenhum comentário:

Postar um comentário