A questão redução de custos tem proporcionado às empresas a necessidade de buscar novas soluções sem perder a produtividade. As instalações de grandes empresas em cidades sem infraestrutura e mão de obra qualificada, proporciona um novo formato onde além das instalações destas grandes empresas também são realizadas as instalações de seus fornecedores, conhecidos neste processo como sistemistas. Assim, temos o projeto da GM em Gravataí (RS) e Ford em Camaçari (BA), que reforçam a tendência das novas configurações junto às empresas, entregando subconjuntos ou módulos completos em just in time na linha de montagem final de seus produtos. Esquemas semelhantes aparecem em outras empresas de outros ramos de atividade.
Esses fornecedores, sistemistas, estão instalados fisicamente próximos das empresas clientes, sendo responsáveis pelo abastecimento de suas linhas de produção. Esses fornecedores abastecem seus clientes, geralmente com sistemas em uma base de just in sequence, diretamente ao lado da linha de montagem, mas eles não participam da linha de montagem final do produto. A montagem final fica a cargo da empresa cliente.
A existência de just in time externo faz com que estejam presentes, nos condomínios, empresas fabricantes de vários produtos, que possuem no condomínio basicamente estoques de produtos acabados e prontos para serem entregues à empresa cliente. Nesses casos, a vantagem do condomínio, para a empresa, é passar esses estoques ao fornecedor e continuar tendo a garantia de fornecimento just in time com menores riscos de interrupção. A entrega sequenciada, ou seja, a entrega de um subsistema ou componente na ordem correta em que deve entrar na linha de montagem final, o chamado just in sequence (JIS), é uma radicalização do just in time e uma tendência forte nas empresas, uma vez que traz vantagens consideráveis do ponto de vista da economia de custos associados à armazenagem, tanto de estoques iniciais quanto intermediários e de produto final, e à embalagem dos componentes.
Após algumas análises, para melhor compreensão, definimos condomínio ou just in sequence como:
“Sistema de fornecimento onde os fornecedores estão instalados nas imediações da empresa, e abastecem a mesma diretamente na linha de produção e em sequência pré-estipulada em tempos determinados.”
Para adotar o sistema de condomínio ou just in sequence, é necessário que a empresa esteja preparada tecnologicamente, pois a dinâmica dos estoques, quanto a entrega programada é muito intensa. O just in sequence é viabilizado, na prática, por dois fatores: primeiro, a troca de informações eletrônicas on line (via sistemas de Electronic Data Interchange, ou EDI, onde os protocolos dos pedidos são enviados por computador, ou ainda via correio eletrônico pela Internet).
Figura 1. Operação de abastecimento por condomínio ou just in sequence.
Benefícios do condomínio ou just in sequence:
- Entrega do material na hora e sequência certas;
- Reduz valor de estoque do cliente;
- Permite programação da demanda conforme quantidade estimada pelo cliente;
- Dá suporte às estratégias de just-in-time;
- Promove melhor utilização dos recursos;
- Reduz necessidade de espaço;
- Reduz danos aos produtos por causa do menor manuseio;
- Reduz furtos e compressão dos produtos;
- Reduz obsolescência (e problemas com prazo de validade) dos produtos;
Desvantagens do Condomínio ou just in sequence:
- Dificuldade de determinação dos produtos candidatos;
- Requer sincronização dos fornecedores e demanda;
- Relações imperfeitas com fornecedores;
- Perda de credibilidade nos fornecedores;
- Relutância dos fornecedores quanto à eficiência do processo;
- Sindicatos temem perda de empregos;
- Sistemas de informação precários e ineficientes.
- Gestão sem uma visão orientada da cadeia de suprimentos;
- Medo de stock-out pela ausência de estoque de segurança.
Os condomínios industriais passaram a ser uma alternativa em termos de inovação na SCM, reduzindo custos logísticos e melhorando o gerenciamento dos estoques.
Fonte: NOGUEIRA, Amarildo de Souza. Logística Empresarial: uma visão local com pensamento globalizado. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2012
Fonte http://portallogistico.com.br/2015/05/22/estoque-reducao-de-custos-39781/?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=3ab8dd722c-Portal_Log_stico_22_05_2015&utm_medium=email&utm_term=0_651183821a-3ab8dd722c-106172596
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