terça-feira, 14 de outubro de 2014

O que as empresas deveriam saber sobre estresse no trabalho

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14 de agosto de 2013 – O estresse no trabalho é uma reação adversa sofrida por pessoas expostas a pressões excessivas no trabalho. Uma pesquisa do Instituto Nacional de Estatística mostrou que ele é responsável por mais de 40% das doenças relacionadas com o trabalho. Em média, as pessoas que sofrem de depressão, ansiedade ou estresse ficam cerca de 24 dias fora do trabalho durante o ano. Isso se traduz em 10,4 milhões de dias de trabalho perdidos em 2011/2012.
A pesquisa revelou ainda que as ocupações com maiores taxas de casos de estresse relacionados ao trabalho eram de profissionais de saúde (com maior prevalência entre os enfermeiros), assistentes sociais e de ensino e profissionais da educação. No início deste ano, o Relatório Sarz trouxe fatos bem conhecidos, comentando que o estresse sofrido pelos bancários atingiu níveis quase sem precedentes.
Isso não é uma boa notícia para os empregadores. Estresse no trabalho é um assunto caro e atinge as empresas financeiramente, mas também tem uma influência negativa sobre as relações pessoais, mau desempenho, rotatividade de pessoal e gera mais trabalho para se resolver os problemas cotidianos.
Historicamente, funcionários afetados pelo estresse fazem reivindicações nos Tribunais de Trabalho. Se a relação de trabalho foi encerrada como resultado da incapacidade do empregado, este pode se ressentir e dizer que foi excessivamente estressado.
Atualmente pedidos de ressarcimento por ”estresse no trabalho” estão se tornando mais prevalentes nos Tribunais. Esses casos geralmente são trazidos como queixas de negligência, danos pessoais, e por quebra de dever de cuidado do empregador.
Os tribunais podem, em determinadas circunstâncias, ser locais atraentes para os empregados por causa dos valores a serem recebidos por lesões psiquiátricas, especialmente se como resultado do “estresse” o empregado está impedido de trabalhar por um longo tempo ou não ser mais capaz de voltar a sua profissão. Isso tem sido mais recentemente observado entre bancários, que depois de anos e longas horas de trabalho começam a sofrer as consequências do estresse prolongado.
Até agora, os problemas de saúde mental eram, muitas vezes, estigmatizados e os funcionários muitas vezes sofriam em segredo, e davam razões diferentes para suas ausências. A crescente consciência social e assistência disponível, fizeram as pessoas conscientes de que doenças psiquiátricas podem afetar qualquer pessoa em qualquer fase de suas vidas. Os funcionários estão compartilhando mais seus problemas de saúde mental com  seus empregadores, procuram sua ajuda e também levam as queixas à eles quando sentem que os empregadores foram responsáveis ​​por seu sofrimento.
Como os empregadores podem ser responsáveis ​​por seus empregados?
Uma pesquisa fornece uma resposta. Ela mostra que as pressões, como extensa carga de trabalho, muita responsabilidade, prazos apertados, falta de apoio gerencial, a violência relacionada com o trabalho e bullying são as razões mais frequentes relacionadas ao estresse no trabalho.
Os empregadores nem sempre podem evitar estas alegações, mas muitas vezes funcionários que foram repreendidos usam o estresse como desculpa. Por isso os empregadores têm de tomar medidas para evitar que tais situações ocorram.
A prevenção é sempre o melhor remédio. É de suma importância que os empregadores forneçam um ambiente seguro, livre de assédio moral e que o estresse no trabalho seja gerenciado e controlado. Isso não só faz aumentar a produtividade, como melhora os relacionamentos dentro da força de trabalho.
Portanto, para evitar ou minimizar o número de estresse no trabalho ou reduzir o seu impacto negativo sobre o negócio, os empregadores têm de:
  • Certificar-se de que eles têm políticas de saúde e segurança necessárias no local.
  • Realizar avaliações de risco para identificar fatores associados com o estresse. Como se distribui a carga de trabalho? Os funcionários foram devidamente treinados? Os empregados são susceptíveis de serem sobrecarregados?
  • Aprender a identificar os fatores que sugerem a existência de estresse, tais como: níveis elevados de ausências, conflitos dentro da força de trabalho ou muitas reclamações, baixa produtividade e alta rotatividade de pessoal.
  • Monitorar ausências, convocando o empregado para uma entrevista e realizar seu retorno ao trabalho. Se um funcionário se queixa de estresse ou ansiedade, o empregador deve verificar se as circunstâncias causadoras podem ser melhoradas. Os empregadores devem fazer um registro de tais entrevistas e, se necessário, solicitar o consentimento do empregado para procurar o conselho de seus médicos ou um profissional de Saúde Ocupacional.
  • Os empregadores precisam entender que embora invisível; problemas de estresse devem ser tratados antes de crescerem demais.
O estresse no trabalho “pode ​​ser um campo minado”, mas é também algo que pode ser efetivamente controlado. As empresas serão beneficiadas se souberem como preparar e implementar os procedimentos necessários. A administração deve ser treinada para agir com sensibilidade e razoabilidade e para equilibrar o bem do indivíduo e as exigências do negócio. Quando isto for alcançado, os empregadores vão ver os colaboradores muito mais produtivos e felizes.
Autora: Kate Boguslawska
Fonte http://recursosehumanos.com.br/artigo/estresse-no-trabalho/?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=ff32745bbd-Recursos_E_Humanos_31_07_2014&utm_medium=email&utm_term=0_651183821a-ff32745bbd-106172596

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