terça-feira, 28 de agosto de 2012

Ferrovias vão abrir 7.100 vagas.


Após 2014, quando começam as obras, a projeção é de que sejam oferecidas mais de 3.500 vagas por ano.

Brasília Depois de décadas estagnado, o setor ferroviário começa a dar sinais de retomada. E se agita diante do anúncio feito pelo Governo Federal, há onze dias, de realização de parcerias com a iniciativa privada e investimentos da ordem de R$ 91 bilhões em ferrovias nos próximo 25 anos. O que significa, também, criação de empregos.
Há onze dias, Governo Federal anunciou parcerias com a iniciativa privada e investimento de R$ 91 bilhões no setor, nos próximos 25 anos Foto: Marília Camelo
Novas vagas
De acordo com a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), as concessionárias do setor deverão abrir, somente até 2014, pelo menos mais 7.100 vagas. Depois, quando deverão começar as obras, a projeção é de que sejam oferecidas mais de 3.500 vagas por ano, o que beneficiará, principalmente, profissionais das diferentes engenharias, de logística, planejamento e gestão, além do pessoal de nível técnico.
Lado a lado com essa demanda, vem a necessidade de qualificar a mão de obra. "Nós temos um horizonte de dez anos de execução de obras, em que será necessário formar uma nova geração ferroviária, que saiba trabalhar com as novas tecnologias e equipamentos", afirma Rodrigo Vilaça, presidente-executivo da ANTF. Em 1997, o setor empregava 16.662 profissionais, e vai fechar 2012 com 44 mil.
Hostílio Xavier Ratton Neto, professor do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica da UFRJ, destaca que começa a acontecer com a engenharia ferroviária o que vem ocorrendo nos últimos anos com as engenharias em geral, que voltam a ganhar mercado após um período de restrição que durou dos anos 1980 aos anos 2000. O que provocou, inclusive, a extinção do curso de graduação em engenharia ferroviária, que instituições de ensino planejam recriar.
Atualmente, no mercado, só existe pós-graduação. "Esse hiato comprometeu a renovação gradativa dos quadros e a complementação da formação profissional pelo convívio e pela transferência de conhecimentos", destaca Ratton Neto. De olho na necessidade de voltar a formar profissionais para o mercado ferroviário, a ANTF está em contato com 13 universidades brasileiras com intuito de recriar o curso de nível superior.
Além dos técnicos, que serão requeridos nas etapas de construção e manutenção das ferrovias, os investimentos, quando começarem a acontecer, deverão impactar em todas as engenharias, e na área de logística, gestão e planejamento, criando oportunidades também para economistas, administradores e profissionais correlatos.

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