quarta-feira, 23 de maio de 2012

Metroviários encerram greve e linhas voltam funcionar em São Paulo


Após manhã de problemas no trânsito e nova proposta do Metrô, grevistas deciciram encerrar a paralisação; greve em duas linhas da CPTM também é encerrada

O sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu, em assembleia realizada nesta quarta-feira, decidiu encerrar a greve no Metrô da capital paulista. A decisão foi aprovada em votação após reunião de conciliação realizada entre representantes do sindicato e da Companhia do Metropolitano de São Paulo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no centro de São Paulo. Todas as linhas paralisadas já estão em funcionamento nesta noite. O rodízio municipal de veículos, que foi suspenso pela prefeitura devido à greve, não vigora nesta noite.
Por volta das 21h, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) informou que em reunião de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SP), o Sindicato Central do Brasil que representa os empregados das Linhas 11-Coral e 12-Safira aceitaram proposta e encerraram a greve.
A proposta prevê correção salarial de 4,60% (IPC/FIPE) + 1,94% de produtividade, estendida para todos os benefícios, afora o vale-refeição, cujo valor facial, que é totalmente subsidiado, passará de R$ 18 para R$ 20 (22 cotas mensais por 12 meses).
Os trens voltarão a circular de forma gradativa na noite desta quarta-feira. Nesta quinta-feira, a operação será normal, a partir das 4h, nas seis linhas.
Foto: AEEstação de Metrô fechada nesta quarta-feira, em São Paulo
Após a reunião, o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior, considerou "razoável" a contraproposta da empresa, "apesar de não ser a ideal". Apesar de algumas ameaças de paralisação, os metroviários não realizavam uma greve desde 2007.
O Metrô ofereceu reajuste do salário da categoria em 6,17%, aumento no valor do vale-alimentação (de R$ 158,57 para R$ 218,00 ) e do vale-refeição (R$ 19,00 para R$ 23,00) e reajuste do adicional de risco de vida para seguranças e agentes de estação de 10% para 15% do salário nominal. Ainda ficou definida a continuidade nas negociações para a questão da distribuição da participação nos resultados (PR). A empresa comprometeu-se em não descontar o dia parado.
“Realizamos uma das maiores greves dos últimos anos, com ampla adesão de todo o quadro de funcionários. Pararam os operadores de trem, funcionários da manutenção e das estações e o corpo de segurança”, afirmou o presidente do sindicato.
Após a decisão, as linhas começaram a voltar a funcionar gradativamente nesta quarta-feira. Por volta das 18h30, todas já estavam operando normalmente, segundo o Metrô.
A greve
Os funcionários do Metrô e da CPTM entraram em greve à 0h desta quarta-feira prejudicando 4 milhões de usuários na cidade de São Paulo. A paralisação foi decidida em assembleias realizadas na terça-feira pelo sindicato dos Metroviários de São Paulo e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil.
Grande parte das linhas ficou paralisada, incluindo 11-Coral e 12-Safira da CPTM. Os passageiros encontraram portões fechados em algumas estações e se deparam com cartazes informando sobre a greve. A linha 4-Amarela funcionou normalmente, sem restrições, porque é privatizada.
Por conta das linhas paradas, de manifestação, de mais carros nas ruas e de acidentes, a lentidão do tráfego em São Paulo na manhã desta quarta-feira bateu recorde histórico, segundo medição da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Foto: AEMovimentação no sindicato dos Metroviários após reunião de conciliação, nesta quarta-feiraFonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/2012-05-23/metroviarios-encerram-greve-em-sao-paulo.html

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