Com o crescimento constante do setor de comércio eletrônico, a atenção com a segurança se torna pré-requisito para a credibilidade e sucesso dos sites de compra
Saiba como aproveitar as vantagens do e-commerce, sem medo
A sensação de insegurança na hora das compras pela internet provavelmente é um sentimento que nunca deixará de existir no usuário de e-commerce. No entanto, algumas adaptações e atualizações tentam tornar o setor mais confiável, pelo menos no que diz respeito à privacidade das informações de compra transmitidas pelo usuário aos sites.
Passado o momento em que era uma novidade, o grande desafio do e-commerce no momento é conseguir afirmar sua credibilidade junto ao comprador, que teme sofrer os mais variados problemas no ato da transação, como clonagem de cartão de crédito, desvio de dinheiro da conta bancária e uso indevido dos seus dados pessoais.
Segurança na transação bancária
No início de 2012, após serem verificados problemas durante a confirmação da compra, algumas lojas online optaram por redirecionar o comprador aos sites dos bancos. A medida abriu a possibilidade da compra ser interceptada por hackers, e o usuário ser redirecionado a um site falso, onde suas informações de compra ficariam expostas a possíveis clonagens. Para resolver o problema, os bancos reforçaram a segurança do processo de autenticação de suas páginas. O método mais utilizado é o token, que consiste em ceder ao usuário uma chave de acesso para uma rede protegida dentro do próprio site, funcionando como uma etapa a mais de autenticação no processo da compra. Outros bancos optam por orientar o usuário a fazer o download de um programa de computador que captura suas informações pessoais e de navegação, garantindo seu acesso seguro à conta.
Os vendedores também passaram a oferecer soluções de segurança. Uma delas é a exibição de selos que funcionam como certificados de segurança digital, fornecidos pelo servidor de hospedagem da página. Outro meio é a encriptação (ou cifração), um tipo de codificação dos dados fornecidos pelo cliente, com o objetivo de disfarçar a informação cedida pelo comprador, evitando que hackers que porventura interceptem o site tenham acesso aos dados.
Maurício Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), explica que a segurança é uma preocupação diferente para os lojistas e para os bancos. “Para os lojistas, existem ferramentas a serem utilizadas em duas partes: uma linha de inteligência artificial para algumas variáveis do pedido, como e-mail, CEP, etc., que fazem a análise de risco e avaliam o potencial de fraudes. A outra é o histórico de compras: o site cria um banco de dados com as informações dos bons pagadores”, conta. “Essa questão de segurança está muito mais voltada para a hospedagem do site, o seu servidor, as pessoas que têm acesso, e também ao software, como as certificações, de site blindado, certisign, a própria Serasa etc. Essa responsabilidade passa ao prestador de serviços”, afirma.
Alternativa ao cartão de crédito
Quem não gosta da ideia de usar o cartão de crédito ou o internet banking não precisa abandonar a ideia das compras online. Um sistema recém-criado de pagamento por meio de boleto parcelado utiliza-se de bancos e financiadoras para concluir a transação sem que seja necessário o uso de cartão ou do fornecimento de seus dados bancários. Novos sites de compra e pagamento também têm surgido para intermediar as negociações entre o portal vendedor e o cliente comprador, aumentando a segurança das informações pessoais.
Os sites de mediação de compra também são utilizados no e-commerce móvel, o comércio por meio de smartphones e tablets. Dados publicados pela consultoria Gartner afirmam que alguns sites têm produzido aplicativos para os celulares para tentar agilizar a compra e receber pelo seu próprio servidor os dados transmitidos pelo comprador, garantindo a privacidade. Outra possibilidade no comércio mobile é utilizar as informações de localização do usuário para garantir a sua autenticação no momento da compra.
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