
Relembrando, Exteligência é entendida como todo o conhecimento que está fora de nós, contrastando com Inteligência, o conhecimento que cada pessoa possui e que está dentro de seu cérebro.
Uma não exclui a outra; mas, ao contrário, ambas se completam nas situações onde necessitamos resolver qualquer questão.
De todos os seres da natureza, o ser humano, Homo Sapiens, é o único animal consciente por tudo aquilo que pratica e é, também, o único que tem a capacidade de aumentar seus conhecimentos por vontade própria. Por isso é o mais desenvolvido de todos.
O eterno aprender, a busca por novos conhecimentos não cessa nunca, em nenhum estágio da nossa vida. O homem evolui através do aprendizado contínuo.
Enquanto crianças e adolescentes, aprendemos de acordo com os métodos preconizados pela Pedagogia. Já a Andragogia é a ciência e a arte da educação de adultos, contrapondo-se à Pedagogia, onde cada uma delas possui características bem diferentes. Já abordei este assunto, disponível emhttp://ogerente.com.br/novo/colunas_ler.php?canal=16&canallocal=48&canalsub2=155&id=926 .
À medida que o ser humano vai se tornando adulto, ele passa a ser mais maduro, mais independentes e mais autodirecionado, e desenvolvendo sua capacidade de fazer escolhas. Boas ou más, estas escolhas, que se transformam em experiências vividas, vão fazer com que ele aprenda com seus erros e acertos. Como afirma Madeleine L’engle: “a habilidade da escolha é que nos torna humanos”.
Estas experiências tornam-se o fundamento e o substrato do aprendizado futuro dos adultos.
Este aprendizado será direcionado fundamentalmente para o desenvolvimento de novas habilidades e competências que deverão se traduzir na sua aplicabilidade prática no cotidiano, no dia-a-dia das pessoas.
Algumas características da aprendizagem andragógica são:
a - as pessoas aprendem o que realmente precisam saber naquele momento de vida (aprendizagem para sua aplicação prática);
b - a motivação da aprendizagem é muito mais baseada na motivação interna (satisfação, autoestima, qualidade de vida) do que em provas, notas ou exames;
c - de uma forma geral a aprendizagem é baseada em problemas, o que exige ampla gama de conhecimentos para se chegar à solução, o que é feito entre quem ensina e quem aprende.
É aqui que a Andragogia se torna um exemplo prático de exteligência. O conhecimento de um (inteligência) será o conhecimento que fica disponível ao outro (exteligência). Por isso, no ensino andragógico, existe troca de experiências entre adultos: o que educa (facilitador) e o que é educado (aprendiz), deixando de existir o conceito de professor e aluno, como na Pedagogia.
Aqui vale a ressalva transmitida por Cortella: “é necessário que aquele que ensina tenha humildade pedagógica, ou seja, a capacidade de saber que não sabe tudo o tempo todo de todos os meios.”
Em resumo: eu tenho muito a lhe ensinar e você tem muito a me ensinar; em outras palavras, o educador se torna aprendiz e o aprendiz se torna educador.
Enquanto na Pedagogia o ensino é feito em mão única (do professor para o aluno), na Andragogia este caminho é feito em mão dupla.
E como o ensino é baseado nas experiências vividas, gosto da frase de Richard Bach que diz: “praticar é demonstrar o que se sabe” e da que é atribuída a Friedrich Engels: “um grama de ação vale mais do que uma tonelada de teoria”.
Este tipo de ensinar e aprender fará com que cada um tenha mais satisfação em realizar seu trabalho, além de aumentar sua autoestima e sua qualidade de vida.
Aquele que tem a consciência que a Vida nos faz aprender continuamente, certamente irá concordar com Leonardo da Vinci: “aprender é a única coisa que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende”.
Fonte: http://favaconsulting.com.br/andragogia-conhecimento-educacao/?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=1723daae03-Rede_O_Gerente_29_01_2013&utm_medium=email
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