domingo, 22 de julho de 2012

O quanto realmente aceitamos e queremos as mudanças?


Na última semana deu-se o início da campanha eleitoral que definirá os próximos prefeitos e vereadores.
Uma grande oportunidade que a democracia nos presenteia de forma institucionalizada e periódica.
Noto que, normalmente, uma proposta costuma ser frequente utilizada pela grande maioria dos candidatos, a mudança.
Seja qual for a motivação ou justificativa utilizada, a mudança costumeiramente vem associada com outras questões que, fatalmente, tendem a atrair todos nós, eleitores.
Algumas delas dizem respeito a inovação, a busca pelo novo, o empreendedorismo, a fuga da estagnação e o fim do marasmo.
Sim, verdadeiramente, nós, enquanto, eleitores, reconhecemos a mudança como algo verdadeiramente relevante junto as várias situações que envolvem a política, sobretudo a brasileira.
Pois bem, uma vez que identificamos a relevância disto junto a nossa classe política, é legítimo que também vejamos se consideramos esta necessidade, de mudança, em nossa vida pessoal e profissional.
Será que temos aceitado as mudanças que o mundo em que vivemos tem nos imposto, de forma cada vez mais frequente a cada dia?
Em nosso trabalho, temos efetivamente incentivado a inovação dos conceitos que fundamentam as nossas decisões?
Será que realmente é legítimo exigirmos algo da classe política, no caso, se não adotamos atitude similar em nossa vida pessoal e profissional?
Apenas para citar um exemplo, é comum discordamos do corporativismo, muito comum na vida política, que tende a fazer com que os políticos se protejam entre si, em detrimento da população de uma forma geral.
No entanto, enquanto profissionais e empresários é comum nos depararmos com regras tácitas que estimulam, justamente, este corporativismo.
Enquanto funcionários, algumas vezes, e são muitas, reclamamos que em nossa empresa, apenas “alguns eleitos” são promovidos e/ou têm alguns direitos especiais.
Tendemos a nos sentir alijados até que, quando alguns de nós, ao passarmos a fazer parte deste grupo, talvez, passemos a pensar de forma diferente: “Lutei muito para chegar até aqui”.
Enquanto fornecedores, também é frequente, que não consigamos oportunidade profissional em certos segmentos e até mesmo em alguns estados brasileiros, justamente pela existência de uma “redoma” que impede a chegada de novos entrantes.
Até que… também passamos a achar que existe alguma justiça nisso, normalmente quando, eventualmente passamos a ter algum espaço de atuação.
A questão aqui não é deixar de destacar a necessidade que todos têm de serem persistentes, lutadores em busca de oportunidade, mas sim, deixar evidente que o esforço em se não aceitar as mudanças, os novos parceiros, as inovações como que se a única frase a ser levada em conta seja: “Em time que se está ganhando, não se mexe”, uma clara visão protetora fundamentada no medo pela melhoria e da própria incompetência.
Justamente por isso, que, lamentavelmente, a verdade é que, os nossos políticos e seus atos são apenas resultados das formas pelos quais cada um de nós se comporta ao longo do dia a dia, eles representam rigorosamente o que somos e fazemos.
Certamente, as mudanças devem ser iniciadas em nós mesmos, terceirizar isso tende a ser apenas uma omissão de nossa responsabilidade.
Autor: José Renato Santiago
Fonte: http://www.jrsantiago.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário