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terça-feira, 5 de maio de 2015

Brasil sai do mapa da fome da ONU

Em uma década, o Brasil conseguiu reduzir de 10,7% para 1,7% o número de pessoas desnutridas em seu território, superando o Objetivo do Milênio de reduzir pela metade a fome, estipulado para 2015. Entre 2000 e 2002, 19 milhões de pessoas estavam subnutridas no país. Hoje, são 3,4 milhões.

A redução foi tão significativa que o país ganhou um estudo de caso específico no ‘Relatório da Insegurança Alimentar no Mundo’, produzido anualmente pelo Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Um exemplo de êxito nas políticas de redução da pobreza.

Entre 2001 e 2012, a quantidade de pessoas em situação de pobreza caiu de 24,3% para 8,4%, enquanto a extrema pobreza foi reduzida de 14% para 3,5%. A renda dos 20% mais pobres cresceu três vezes mais do que a dos 20% mais ricos e a proporção de pessoas desnutridas passou de 10,7% em 2000 para menos de 5% em 2006.

Pelo menos três refeições
“Garantir que todas as pessoas comessem três vezes ao dia – como disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso de posse – se transformou em uma prioridade presidencial”, aponta o relatório.

Diversas políticas articuladas e mudanças legais tornaram o combate à fome um objetivo urgente no Brasil. Algumas serviram de espelho para os países da África subsaariana, que lutam para deixar a fome no passado. Atualmente, mais de 20% das pessoas da região está desnutrida.

O Brasil incorporou em 2010 o direito humano à alimentação adequada na Constituição Federal. Em 2011, institucionalizou o Plano Nacional de Segurança Alimentar, com destaque ao lançamento da Estratégia Fome Zero, e à implementação de políticas de proteção social – como o Bolsa Família e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) – e de fomento à produção agrícola – como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar e o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA).

O Pnae ofereceu refeições gratuitas para mais de 43 milhões de alunos de escolas públicas em 2012. Segundo o estudo da FAO, os gastos federais em 2013 com programas e ações de segurança alimentar e nutricional totalizaram cerca de R$ 78 bilhões. O investimento em programas sociais aumentou mais de 128% entre 2000 e 2012, enquanto a parcela desses programas no Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 31%.

Fonte https://portogente.com.br/noticias/comercio/internacional/brasil-sai-do-mapa-da-fome-da-onu-83629

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