A ampliação do comércio internacional brasileiro ocorrida na década de 90, simultaneamente com processo de globalização, trouxe para economia novos fatores que começaram a modificar gradativamente a rotina empresarial das organizações.
Certos mercados que antes tinham uma configuração simples, pois eram compostos por fabricantes, distribuidores e clientes finais no território nacional, agora contam com um fator novo e capaz de alterar toda relação de possível equilíbrio destes: a importação.
Em alguns setores o processo de importação limitou-se inicialmente as máquinas, englobando depois a matéria prima e posteriormente os produtos finais. Tal cenário impulsionou uma concorrência em tom agressivo, que ampliou o poder de barganha dos clientes, devido a um poder maior de negociação dos custos oferecidos e criando parâmetros muito mais exigentes para que as empresas pudessem se destacar nesse novo cenário.
O mercado agora disponibiliza uma demanda com muitas opções, uma estrutura produtiva e de mão de obra que passavam por adaptações frente a novas tecnologias que vieram juntamente com esse processo, além de uma suscetibilidade sempre presente quanto a possíveis alterações cambiais.
Assim, os padrões das cadeias de abastecimento sofreram alterações significativas, bem como as ferramentas logísticas até o momento empregadas. Essa área das empresas, que muitas vezes era vista apenas como responsável pelo transporte e distribuição dos materiais começou a assumir papel decisivo para a adequação necessária e sobrevivência das empresas no mercado, e base para definição de estratégias empresarias pertinentes.
Com a quebra de certas fronteiras mercadológicas os profissionais dessa área tiveram também que considerar uma rede logística ampla com características bem mais complexas tanto físicas quanto de informações.
Ao longo dos anos, pudemos constatar que a falta de infraestrutura logística do país e de nossas empresas vem criando um gargalo que implica na redução do crescimento e da economia brasileira. Apesar das boas perspectivas, ainda apresentamos índices de crescimento econômico aquém de nossa capacidade, sendo um dos fatores responsáveis. Neste cenário, a defasada infraestrutura logística do país onera consideravelmente nossos custos e dificulta a exportação um escoamento eficiente de nossa produção.
Aprender com os erros nem sempre é o ideal, mas faz parte da criação de maturidade de todas as culturas e possibilita oportunidades para o crescimento de um país, porém, apesar de estarmos desenvolvendo ótimos profissionais nesta área logística, ainda falta uma reestruturação significativa na infraestrutura logística do Brasil, caso contrário o país do “futuro” manterá esse título, não alcançando nunca o almejado e prometido “presente”. Precisamos acima de tudo, transformar nosso conhecimento em práticas capazes de tornar não somente nossas empresas mais competitivas e sim nosso país. Assim nossos esforços terão verdadeiros resultados, proporcionando o crescimento que o nosso país merece.
Fonte http://portallogistico.com.br/2014/10/13/infraestrutura-logistica-33151/?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=dd662251ad-Portal_Log_stico_28_10_2014&utm_medium=email&utm_term=0_651183821a-dd662251ad-106172596
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