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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Vagões portugueses impressionam no Innotrans


Apresentados no Innotrans, que decorreu em Berlim, na Alemanha, entre os dias 18 e 21 de setembro, os vagões Eco-pickers são uma inovação portuguesa que impressionou o mercado internacional. Fabricados pela Metalsines, destinam-se ao transporte de camiões ou semirreboques. Contrariamente às soluções atualmente disponíveis no mercado, dispensam qualquer dispositivo elétrico, pneumático ou adicional. Além disso, operam praticamente em qualquer local, permitem carregar e descarregar de forma fácil e rápida, não necessitando de um terminal específico nem de recurso a equipamento adicional para operação (como gruas).

«É, assim, um vagão que, a muito baixo custo, vai permitir a conciliação do transporte rodoviário com o ferroviário, permitindo, e pela primeira vez, um funcionamento com entregas praticamente porta-a-porta uma vez que pode carregar/descarregar um camião praticamente em qualquer estação ferroviária», explicou Luís Nunes, CEO da Eco-Pickers à TR. De acordo com o responsável, «a sua pertinência pode assim ser justificada por imperativos ambientais (retirando vagões da estrada melhoramos o ar que respiramos), económicos (elevado custo do petróleo, custos com os condutores de camiões, e/ou portagens) ou por motivos de acessibilidade (no caso em que os acessos rodoviários são difíceis/morosos e o trajeto via ferrovia é mais rápido e seguro)».

Existem dois modelos destes vagões:
O “Whole” – possuindo dois bogies pode transportar um camião inteiro; 
 
O “Multi” – Especialmente indicados para semi-reboques, cada vagão possui apenas um bogie (partilhado). É assim e também um vagão extremamente barato.
 

Numa mesma composição ferroviária é possível integrar os dois tipos de vagões: um camionista pode levar o seu camião completo (tractor + semirreboque) e, no mesmo comboio, levar e por exemplo 4 ou 5 semirreboques que «chegando ao seu destino, pode sozinho descarregar, distribuir e depois trazer de volta», refere Luís Nunes. Pelas suas caraterísticas construtivas, pode ainda facilmente transitar entre bitolas diferentes sem necessidade de descarregar.
 

«O projeto é nacional, está patenteado internacionalmente e pode ser adaptado a qualquer rede ferroviária, ou seja, tem ainda um forte potencial gerador de emprego e de comércio externo/exportações», explicou o responsável à TR, referindo as mais-valias deste vagões, que poderá conhecer mais aprofundadamente na edição número 115 da Transportes em Revista.
por: Andreia Amaral
Contribuição do Aluno Rodrigo - 3o. Administração

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