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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Produção teve alta de 1,5% puxada por produtos com isenção de taxas. Todas as categorias da indústria apresentaram crescimento.

Lilian Quaino Do G1, no Rio



Os produtos beneficiados com isenção ou redução de tributos, como os eletrodomésticos da linha
branca e os automóveis, continuam a impactar de forma positiva a produção industrial do país, que
teve alta de 1,5% em agosto, na comparação com o mês de julho, conforme informou o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada nesta terça-feira (2).

No período de julho e agosto, a produção de automóveis cresceu 4,8% em relação a igual período de 2011, enquanto que no primeiro trimestre de 2012, o crescimento foi negativo se comparado com o mesmo período de 2011 (-18,6%), situação que se repetiu com menos intensidade no segundo trimestre (-2,9%).



“Em abril o nível de estoques de automóveis estava alto. Já agosto registrou o menor nível de estoques”, explicou André Luiz Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

Ao contrário dos automóveis, a produção de caminhões continua em queda desde o início do ano: -11,9% no acumulado dos meses de julho e agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado. Para o pesquisador do IBGE, além da obrigatoriedade de alteração dos motores para modelos menos poluentes, o que encareceu o produto, a indústria de caminhões também sofre o menor ritmo da construção civil e de ramos de metalurgia.

Outros destaques na elevação da produção industrial foram o açúcar e o fumo por conta das boas safras.

Taxas positivas em sequência 
Todas as categorias de uso pesquisadas (bens de capital, bens intermediários, de consumo, duráveis, semiduráveis e não duráveis) registraram taxas positivas de crescimento em agosto, em relação a julho.

Segundo Macedo, isso mostra que o padrão crescimento em agosto se dá de forma mais espalhada, atingindo todos as categorias da indústria.

Macedo ressalta que o grupo de bens intermediários teve o segundo resultado positivo consecutivo, puxado principalmente pela produção de defensivos agrícolas e insumos para a construção civil; e o de bens de capital vem numa sequência de três resultados positivos, o que, para ele, mostra perspectivas de melhoria na produção fabril em sintonia com as expectativas do empresariado.

Embora bens de capital tenha crescido em ritmo menor que os demais grupos de uso (0,3 % em agosto contra 1,6% no mesmo mês de 2011), é relevante a manutenção de taxas positivas nessa categoria, que tem relação direta com investimentos e modernização do parque produtivo.

O grupo de bens consumo duráveis (categoria que inclui o automóvel) interrompeu 11 meses de taxas negativas na comparação com agosto de 2011, ressaltou Macedo. Para Macedo, o crescimento em todos as categorias de uso da indústria mostra uma melhora no ritmo da produção em comparação aos meses anteriores.

“Mas ainda há um espaço a ser recuperado. Quando se confronta o ano de 2012 com 2011 o setor industrial ainda mostra perdas importantes, uma queda de 2% no confronto com agosto de 2011, queda de 3,4% no acumulado  do ano e queda de 2,9% no acumulado de 12 meses”, explicou o pesquisador.

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Por Lilian Quaino Do G1, no Rio

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