Fortes chuvas, deslizamentos, secas e até tornados podem acabar prematuramente com seu negócio. Ainda que seja impossível lutar contra a natureza, existem providências para ajudar a minimizar os prejuízos
por Felipe Datt
PROTEÇÃO
Os seguros contra catástrofes ambientais podem ser bastante onerosos. Mas os custos mensais de uma cobertura especializada são bem menores que o prejuízo gerado pela perda do patrimônio. Embora ainda distante de uma realidade como a japonesa — lá existem seguros específicos contra terremotos e tornados — , o mercado brasileiro apresenta boas opções para quem quer se proteger das intempéries. “Há apólices com cobertura para vendaval, raio, furacão, tornado, granizo, ciclone, desmoronamento e alagamento”, diz o presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Eduardo Marcelino. Nos últimos anos, aumentou a procura dos empresários pela segurança de seu patrimônio. As estatísticas mais recentes, de janeiro a julho de 2011, mostram que as receitas das seguradoras especializadas totalizaram R$ 885,4 milhões, alta de 12% em comparação com o mesmo período de 2010, segundo a FenSeg. Mas, antes de assinar o contrato, é fundamental pesquisar, para saber qual alternativa se adapta melhor ao seu negócio. O seguro contra enchentes é válido para toda a empresa ou apenas para o interior do escritório? Nesse caso, sua frota de veículos pode estar vulnerável. O seguro cobre apenas as estruturas abaladas pelas chuvas ou também o material danificado pelos alagamentos? Preste atenção aos detalhes.
SUPORTE
Um balanço do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) mostra que os desastres climáticos ocorridos entre novembro de 2008 e julho de 2011 atingiram mais de 160 mil empreendimentos em todo o Brasil — grande parte deles era de micro e pequenas. De olho nesses números, o Sebrae elaborou o projeto Reconstrução. O objetivo é servir como intermediário para que donos de empresas que sofreram danos causados por calamidades naturais consigam empréstimos junto a instituições parceiras. “Entre 2010 e 2011, 19.527 empreendedores foram beneficiados”, diz o diretor técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos. Nesse período, foram concedidos R$ 14,2 milhões em crédito direto a empresas afetadas.Na mesma linha, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) colocou no mercado, em novembro de 2011, uma linha de crédito de R$ 800 milhões para apoiar micro, pequenas e médias empresas de municípios com até 500 mil habitantes afetados por calamidades públicas. O BNDES Emergencial de Reconstrução de Municípios Afetados por Desastres Naturais (BNDES PER) é voltado para negócios com receita bruta anual de até R$ 90 milhões. “O programa começou a operar no dia 25 de novembro do ano passado. Até 9 de janeiro, já tínhamos 2.519 operações realizadas, no valor de R$ 321,9 milhões”, diz Juliana Santos da Cruz, chefe do Departamento de Relações com Agentes Financeiros da Área de Operações Indiretas do BNDES.
Fonte: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI292463-17157,00-COMO+SE+PREVENIR+CONTRA+DESASTRES+NATURAIS.html
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