
Pode ser relativo a uma situação de trabalho, numa reunião de condôminos ou mesmo durante uma celebração entre amigos ou família. O fato é que algumas vezes devemos falar, não há outro jeito.
Mas como fazê-lo sem criar confusão ou gerar ressentimentos?
Nunca é fácil sermos alvo de alguma crítica, e são raras as pessoas que sabem aceitá-las com maturidade e ponderação, assim como são raríssimas aquelas que sabem fazê-las sem ofender ou magoar.
Notem que não estou falando aqui do famigerado feedback, que é o ato de darmos ao outro a oportunidade verdadeira de conhecer o que pensamos a seu respeito em dada situação e ponderarmos sobre mudanças adequadas.
Falo da crítica pura, daqueles momentos em que não temos exatamente o que sugerir ou discutir, mas queremos – e precisamos – dar um toque no sujeito.
A técnica é esta: Critique o comportamento, e não a pessoa. A diferença é assustadora!
A forma como verbalizamos nossas opiniões tem muito a ver com a qualidade do que conseguimos em nossa vida, e procurar emitir opiniões claras e circunscritas sobre “eventos específicos” nos permite uma comunicação muito mais clara, objetiva, e principalmente menos agressiva.
Frases que tendemos a dizer, como: Você é mal educado! Você é grosso demais! Você é isso… Você é aquilo… são pouquíssimo úteis pelo fato de resumirem toda a existência da pessoa a um comportamento específico seu. E é genérico demais, não define o evento.
Já criticar o comportamento significa algo como dizer: “Você ontem, naquele momento, em tal situação, se comportou desta e daquela forma desagradável!” Ou ainda: “Sua reação neste momento foi assim, e não foi muito adequada!”
Percebam que isto é totalmente diferente de dizer: “Você é!”. Quando dizemos apenas “Você é.” não só irritamos a outra pessoa (que afirma claramente não ser aquilo), como também deixamos de clarificar para ela o real motivo de nossa observação. Isto não leva a nada, a não ser a conflitos.
Já quando apontamos claramente um “comportamento observável e circunscrito” fica difícil para a própria pessoa negar o fato e entrar em defensiva. Pois além de evidenciarmos o ocorrido, não estamos criticando quem ela “é”, e sim o que ela “fez” em um dado momento de sua vida.
As pessoas agem por meio de comportamentos, e não através de “ser algo” simplesmente, mesmo porque, mudamos o que somos a cada instante de nossas vidas.
Prestando um pouco de atenção você poderá perceber claramente o comportamento específico que não foi mais adequado em dado momento e pode dirigir suas observações a ele e não à pessoa como um todo.
Eu sei, parece uma simples e boba questão de palavras! Mas faz uma diferença que você nem imagina.
Experimente!
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